quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Fogo é ameaça para a rica biodiversidade da Chapada

As queimadas no Parque Nacional da Chapada Diamantina prejudicam uma das áreas mais ricas em biodiversidade do mundo, segundo a botânica Ana Maria Giulietti, professora da Universidade Estadual de Feira de Santana. Coordenadora de pesquisas da flora da Bahia, Giulietti é responsável pela descrição de espécies endêmicas da Chapada como a sempre-viva-de-mucugê (Syngonanthus mucugensis Giulietti). Ela ressalta que o maior prejuízo das queimadas recairá sobre as espécies que têm ocorrência restrita a esta região.

Giulietti cita o caso do Pico das Almas, onde, das 1.100 espécies existentes, 10% são exclusivas do local, não existindo em outras regiões. "Uma queimada dessas tem conseqüências inimagináveis", diz ela, ressaltando que o atraso das chuvas, que são esperadas nos meses de setembro e outubro, contribui para piorar a situação.

mudanças climáticas - Giulietti lembra que a mudança no regime das chuvas pode estar associada às mudanças climáticas. De acordo com as previsões do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), a temperatura média nas regiões semi-áridas estarão até três graus mais elevadas em 2020, o que, segundo ela, trará resultados imprevisíveis, principalmente para as partes mais úmidas. Para ela, a saída é o controle mais rígido da prática de queimadas, que ainda é usada por fazendeiros que crêem que isso ajuda na renovação das pastagens.

Fonte: Jornal A Tarde

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