terça-feira, 25 de setembro de 2012

Brasil Ride: clima facilita etapa mais dura da competição

Por Pedro Sibahi, direto de Rio de Contas 
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Nesta segunda-feira aconteceu a temida etapa da Brasil Ride, com 143 quilômetros e mais de 3.000 metros de ascensão acumulada. Os atletas saíram de Mucugê em direção à Rio de contas, em um percurso que deveria sem completado em até 12 horas.

Com a seca que predomina na região, o trecho mais duro da prova, conhecido como Vietnam, foi considerado menos difícil que em anos anteriores. A região é dentro de uma floresta abafada, mas ao invés da lama costumeira, havia muitas pedras e areia, que aliviavam ligeiramente o esforço. Para completar, o dia foi nublado e teve até um pouco de garoa para refrescar os ciclistas.


Apesar do alívio, 16 duplas foram eliminadas da etapa, tanto por desistência quanto por corte devido ao horário. Hugo Prado Neto foi um dos atletas eliminados da competição, mesmo completando o percurso, porque seu parceiro Douglas Neto passou mal e abandonou a corrida.

“Vou ter que fazer a ultramaratona toda sozinho, vou buscar outros objetivos e fazer mais cinco dias de corrida para pegar mais experiência. Tenho aqui outros companheiros de time e vou ver o que posso fazer por eles”, disse Hugo. “É minha nona ultramaratona, nunca deixei de finalizar nenhuma”, completou. 

O piloto de corridas Christian Fittipaldi surpreendeu a si mesmo e ao companheiro Odair Pereira terminando em 34, com 8h52m22seg. “Assim que terminei, falei para o Mario [Roma, organizador da prova 
“Pela minha experiência em 2010, achei que a parte mais dura, o Vietnam, estava mais gostoso, mais pedalável”, avaliou Odair. “Essa parceria com o Christian me surpreendeu, principalmente por hoje. A etapa era uma preocupação para ele, por ser a mais longa e dura, mas ele se sentiu a vontade e conseguiu impor um ritmo e administrar até o final”, avaliou.

Segundo o ciclista japonês e atleta olímpico Kohey Yamamoto, “Foi um dia muito longo”. Ele contou que “Antes da chegada tinha uma subida muito comprida, mas acho que fiz uma boa escalada. Me diverti bastante durante o dia, mas depois que furei o pneu fiquei morto”.

“As descidas foram bastante técnicas, e o Yamamoto é um atleta bastante técnico, é difícil acompanhá-lo”, contou Daniel Carneiro, parceiro do japonês, que está com certos problemas de comunicação. “Eu não falo inglês, ele não fala português, mas pelos gestos nós conseguimos nos comunicar, está sendo um aprendizado bem legal”, explicou.

Ponteiros À frente do pelotão principal, Luis Pinto e Tiago Ferreira repetiram o feito da véspera e terminaram com o melhor tempo do dia, que foi de 6h21m47seg, vencendo na categoria open e na classificação geral. 

Luís elogiou o amigo e disse que “ele sofreu muito, mas deu tudo pra me acompanhar e no final conseguimos a vitória tão desejada”. Tiago afirmou que “foi sem dúvida a etapa em que mais sofri desde que sou ciclista”.

Em um arroubo filosófico, Luis afirmou que “esta etapa é mítica no Brasil Ride, é das piores que se pode fazer em montain bike, mas o que custa mais, na vitória tem um sabor especial, e o que não nos mata nos torna mais fortes”.

Em segundo lugar vieram os tchecos Martin Horak e Tomas Vokrouhlik, com o tempo de 6h26m05seg. Cansado, Martin apenas comentou que o dia havia sido duro e que ele precisava descansar para a terceira etapa.

Somando o terceiro lugar na geral e na categoria open, além do posto de melhores brasileiros do dia, vieram Gilberto Gois e Josemberg Pinho, com tempo de 6h39m13seg. “Hoje era a etapa mais dura da Brasil Ride e graças a Deus conseguimos manter um ritmo na frente, com os portugueses e os outros gringos”, afirmou Josemberg, conhecido também como Montoya. Como Gilberto passou um pouco mal no final do percurso, ele se distanciaram em alguns minutos, mas garantiram um lugar no pódio do ai.

Em quarto lugar veio a dupla holandesa formada por Hans Becking e Bart Brentjens, com tempo de 6h47m48seg. Apesar do bom resultado, Bart sofreu uma queda durante o percurso e terminou o dia exibindo claros sinais de dor em uma das costelas.

Na categoria máster o melhor tempo foi de Abraão Azevedo e Paulo Borges, com 7h25m54seg. Na mista, Mateus Ferraz e Ivonne Kraft se destacaram novamente, finalizando o percurso em 7h56m12seg. Na feminina, Adriana Nascimento e Daniela Genovesi fecharam com 9h56m02 seg, e na grandmaster a dupla Marco Corrado e Marco Melo venceram com 10h07m02seg.

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