sábado, 5 de junho de 2010

Pe. Zezinho encanta em Rio de Contas

Do Mandacaru da Serra

O show do padre José Fernandes de Oliveira, o conhecido Pe. Zezinho, encantou, ontem à noite, dia de Corpus Christi, seus admiradores de Rio de Contas e municípios vizinhos, como Livramento de Nossa Senhora, Bahia. A apresentação foi uma moderna aula de catecismo, que balançou a alma das centenas de pessoas que lotaram a praça principal daquela cidade.


Pe. Zezinho, um dos pioneiros em usar o próprio canto na evangelização, tornando-se um artista, passeou por vasto repertório, da música sertaneja ao rock da pesada, acompanhado por um afinado grupo de músicos e cantores auxiliares. Vibrou a platéia, quando cantou, por exemplo, “Meu coração tá pisado, como a flor que murcha e cai/Pisado pelo desprezo do amor quando desfaz” (Tonico e Tinoco).


E, também, Saudades de Minha Terra Querida: “De que me adianta viver na cidade/Se a felicidade não me acompanhar/Adeus, paulistinha do meu coração/Lá pro meu sertão quero voltar (...)/Estou contrariado, mas não derrotado/Eu sou bem guiado pelas mãos divinas/Pra minha mãezinha já telegrafei/E já me cansei de tanto sofrer/Nesta madrugada estarei de partida/Pra terra querida, que me viu nascer”.


Entre uma canção e outra, transmitia mensagens de fé e ensinava condutas religiosas. Disse que a função do grupo é “animar, alegrar e fazer pensar”. No show, mostrava imagens, objetos e flores, como recursos didáticos. Sobre as imagens de Nossa Senhora, disse: “lembra Nossa Senhora, mas sabemos que não é Nossa Senhora”. Fez o mesmo com a imagem de Cristo: “lembra Jesus, mas não é Jesus”.


Foi duro com os que criticam a religião dos outros: “Só religioso moleque não respeita a mãe do outro, só religioso moleque não respeita a fé do outro”. E afirmou: “Tenho faca, mas não sou assassino, seu usar, tenho imagem e não sou idólatra”. E ensinou: “A rosa vermelha é diferente da rosa branca, mas não deixa de ser rosa”. E fez todos cantarem: “Bicho homem, bicho homem, vê se aprende a conviver”.


Com refrões fortes, cantou pelas famílias: “Que a família comece e termine sabendo onde vai/E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai/Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor/E que os filhos conheçam a força que brota do amor!”


José Fernandes de Oliveira, 68 anos, é mineiro, mas foi criado em Taubaté- SP. “Não se expõe muito na grande mídia, mas é raro um católico praticante que não o reconheça. Sua voz e seu rosto deixaram marcas em muitas gerações. Canta, escreve, publica, leciona, faz rádio e televisão, descobre talentos, deu mais de 3.000 shows no Brasil e no mundo. Fala cinco idiomas”.



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