quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Seminário e Dia de Campo fortalecem a cafeicultura orgânica na Chapada Diamantina

Fátima Emediato

Arquivo Sebrae Arquivo Sebrae
Com o objetivo de mostrar a importância do cooperativismo para fortalecer a produção orgânica do café e a sua certificação para acessar novos mercados nacionais e internacionais o Sebrae em parceria com as prefeituras da região de Rio de Contas e a Cooperbio-Cooperativa dos Pequenos Agricultores de Produtos Orgânicos da Chapada Diamantina realiza nesta quarta (25) e quinta-feira (26) o Seminário “Fortalecimento da Cafeicultura Orgânica da Chapada Diamantina”.

Paulo Mesquita, gestor do Sebrae Bahia no projeto Territórios da Cidadania Chapada Diamantina, que envolve a cafeicultura, explica que para participar do Seminário foram organizadas duas caravanas com mais de 40 agricultores da região de Rio das Contas. A primeira caravana passa pelos municípios de Tapiramuta, Bonito e Ibicuara e a segunda caravana em Seabra, Piatã e no distrito de Catolés, em Abaíra.

No primeiro dia do Seminário os agricultores vão visitar a fazenda Vaccaro, distante cerca de 30 km de Rio de Contas, onde vão conhecer de perto todo o processo de produção orgânica do café, as práticas de manejo, o espaçamento, o biocontrole de pragas e os tipos de cultivares.

O segundo dia do Seminário acontece na Escola da comunidade de Mato Grosso, também distante cerca de 30 km de Rio de Contas onde os agricultores vão participar de palestras sobre Fair Trade - Normas de Certificação e Mercado Orgânico, a Gestão de Cooperativas e o mercado de Café Orgânico.

“Nosso objetivo com este seminário é mostrar aos agricultores familiares através de uma visita em campo como é feita toda a produção do café orgânico, a importância deles estarem reunidos em uma cooperativa e de ter a certificação de orgânico e do comércio justo para acessar novos mercados“, destaca Paulo Mesquita.

De acordo com Marcos Vaccaro, presidente da Cooperbio-Cooperativa de Produtores Orgânicos da Chapada Diamantina, que reúne 80 pequenos produtores da região o café orgânico não usa agrotóxicos, além de manter os trabalhadores da agricultura familiar que não desmatam nas áreas onde podem produzir o café orgânico. Marcos Vacaro explica que a maioria dos produtores de café da Cooperbio já possuem a certificação de produto orgânico, que representa um grande diferencial para a exportação já que na comunidade européia existe uma maior conscientização da necessidade de consumir produtos orgânicos que não poluem.

O consultor do Sebrae, Aelson de Souza, explica que para ter a certificação de orgânico e de comércio justo o agricultor além de não usar nenhum tipo de defensivo agrícola tem que ter todos os seus funcionários registrados e em instalações descentes, não usar trabalho infantil e que as propriedades vizinhas também não usem agrotóxicos.


Fonte: Agência Sebrae de Notícias

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