segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Turismo de Rio de Contas sofre com a falta de infra-estrutura

Uma cidade com grande potencial turístico como Rio de Contas precisa estar preparada para ofereçer ao visitante condições mínimas de acesso. O acesso via ônibus regular para quem vem de Salvador, por exemplo, pode ser feito via BR 242 passando por Seabra ou por Vitória da Conquista, ambos por um empresa que monopoliza o serviço: a Viação Novo Horizonte. Ônibus que quebram, atrasam, sem conforto, são as principais reclamações. A cidade também, ao contrário de outras muito menores como Aracatu e Caturama, não possuí um rodoviária. O Governo do Estado, que faz a concessão dos serviços também parece não se importar com o fim do monopólio em pleno século XXI, ano de 2011. O relato a seguir foi extraído do Blog Metamorfose Ambulante, de uma turista que visitou nossa cidade. Dessa forma todo o trabalho que é feito de divulgação da cidade é desfeito na propaganda do boca a boca. É preciso que nossos governantes tomem atitudes.

Novo Horizonte, que de Novo não tem nada!








Fonte da imagem: google


Final de ano. Tempo de mudanças, de reflexão, tempo de trabalhar a SABEDORIA interior. Para recarregar as energias, escolhi a pacata cidade de Rio de Contas, no coração da Chapada Diamantina. E, para chegar até lá, precisei dos serviços da transportadora Novo Horizonte, que faz o percurso Salvador-Rio de Contas. Pela primeira, e com fé em Deus, última, utilizei os serviços deste “Horizonte” que de Novo não tem nada: serviço arcaico, lento, defasado!

Na ida, das 11h previstas para chegada na antiga Pouso dos Creoulos, como era chamada a cidade de Rio de Contas, 13h se passaram até desembarcarmos na Agência da transportadora, localizada na praça principal. No trajeto, mudamos de ônibus, talvez porque a estrada seria de terra batida e com a forte chuva o veículo não suportasse. Além desse transtorno, as constantes e morosas paradas desgastam, cansam e causam ainda mais desconforto nesta longa viagem.

Mas o pior ainda está por vir. Na volta, dia 02 de janeiro de 2011, um domingo relativamente nublado, o horário marcado para sairmos de Rio de Contas rumo à capital baiana era às 14h. Pasmem! O ônibus apareceu às 17h. Segundo o “simpático” e comunicativo senhor de cabelos grisalhos, responsável pela Agência local, o motivo para tamanho atraso foi um incidente entre Brumado e Livramento. O veículo quebrara e a “notável” empresa parece esquecer que neste período do ano a demanda de passageiros é maior, e um serviço digno, com o mínimo de qualidade possível, deve estar preparado para esses imprevistos. A falta de comunicação entre os funcionários da empresa é notória. Quando indagado sobre o destino final do transporte coletivo, um dos motoristas diz não saber, e responde assim mesmo, caminhando, sem ao menos olhar para o cliente e dar a atenção necessária - após 3h de atraso!

Ah, mas não pensem que esta “comédia” acabou, afinal, ainda temos muitas horas pelo caminho de volta para casa e a saga continua. Logo em Marcolino Moura, ali, a poucos minutos de Rio de Contas, uma parada de praticamente 30min, pra não perder o costume. E viva a tradição! Saímos da estrada de terra após às 19h. Após muito sacolejar, mais uma parada. Desta vez para limpar o banheiro, que, diga-se de passagem, continuou do mesmo jeito. Revoltada, desço para buscar esclarecimento. Do meio do nada, surge o motorista, que, ironicamente, me dirige um Bom Dia e justifica sua falta de conhecimento: não sabe a respeito do defeito do ônibus e do atraso de outrora porque seu expediente começou agora! Nossa, é muita falta de informação pra uma empresa só. Segundo ele, este veículo “ainda” não quebrou - como que está fadado a acontecer - e apenas mais 7h de viagem nos deixaria em Salvador. Apenas 7h, ora, pra quem esperou 3h a mais, não deve significar muita coisa, não é?

De volta para minha poltrona, resmungo, desabafo enquanto outra passageira responde: “não tem jeito, é sempre assim, é porque só tem eles”... Então, matamos a charada: a culpa é deste tal MONOPÓLIO. E viva a Concorrência, minha gente!


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