sexta-feira, 29 de abril de 2011

Chega de achar comum ser tratado de forma incomum!

Um dia “normal” no Brasil e no mundo, só que dessa vez o episódio aconteceu comigo, não que não tenha acontecido antes, mas nunca tão explicito. Moro numa pequena cidade histórica da Chapada Diamantina, Rio de Contas e no dia 23 de abril de 2011, fui agredida fisicamente, além de sofrer difamação, seguido de discriminação racial numa festa infantil! Primeiro aninho da filha de minha amiga de infância. Eu estava acompanhada do meu sobrinho de três anos, que na hora dos parabéns, estava sendo agredido por outra criança da mesma idade, e bem maior fisicamente. Ao ver aquilo, chamei meu sobrinho e pedi para a outra criança parar, dizendo: - Bate nele não viu, mô?.

Nesse momento, a mãe do menino que estava afastada, veio na minha direção gritando: “Não grita com meu filho sua neguinha, vagabunda!!” Em seguida agarrou no meu seio e me deu um beliscão. Fiquei paralisada. Só conseguia perguntar à agressora, [...], se ela estava ficando louca. Não tive reação, não conseguia tamanha era a minha indignação. Não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo! Ela saiu dizendo impropérios racistas e preconceituosos, me chamando de “negra preta do cabelo duro e dizendo que ia arrancar minha peruca”. O fato de eu ter assumido o meu cabelo e principalmente a minha identidade, serve de chacota para fantoches manipulados pela mídia que dita um padrão de beleza ideal. Havia outra mãe entre mim e a agressora que ficou indignada com a reação daquela mãe racista e violenta, pois acompanhou todo o acontecido.

No momento não cultuo nenhum tipo de mágoa ou rancor, só anseio por justiça, numa terra de filhotes de coronéis, onde até hoje as pessoas são submetidas a situações como essa, por famílias que se dizem tradicionais e/ou contam com apoio político local desde sempre. Quero que todos saibam que não precisamos nos calar mais, chega de submissão e humilhação.

Sigamos o exemplo de Maria Brandão, riocontense que no início do século 20, nunca se curvou diante das discriminações que sofreu por ser mulher, negra e filiada ao antigo PCB, mesmo não tendo a Lei, à época a seu favor.

Estamos no século XXI, em um país democrático, que possui uma das constituições mais belas e humanitárias das nações. Não é possível que continuemos convivendo com situações semelhantes a estas, por parte de gente que perdeu o bonde da história e ainda vive no século XIX, quando era aceito normalmente todos os tipos de discriminação. Morar em uma cidade pequena, histórica, não dá a ninguém a licença de ser mal informado, ou um mau cidadão/cidadã. Essas pessoas precisam entender que racismo é crime, e tem de ser tratado como tal. Por isso, busco com este relato mostrar um recorte do que é o dia a dia sem máscaras sociais em Rio de Contas, em que a democracia racial ainda sofre com episódios terríveis como este. Muitas pessoas testemunharam, mas sentem medo, não querem se indispor, preferem não se expor. Não vou dizer que entendo, mas respeito e espero que nunca passem por isso, afinal ninguém está livre, visto que poucas mascaras se permitem cair.

Sou mulher, negra, estudante de agronomia na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, participo de movimentos sociais, assumo meu cabelo, assumo minha cor, assumo minha identidade, não vou me calar, não vou me acomodar e este não vai ser só mais um caso engavetado e barrado por pessoas que se dizem influente.

Elaine Aparecida Santos de Novais
elainesnovais@hotmail.com



terça-feira, 26 de abril de 2011

O Potencial de Rio de Contas

Por Ricardo Stumpf

Rio de Contas é um lugar fantástico, cercado pela Serra das Almas, cheio de encanto, de clima muito aprazível e dona de um patrimônio histórico invejável.

Conheci muita gente que chegou por lá cheia de projetos, dizendo como a cidade deveria ser, mas que na verdade trouxe eses projetos prontos de outros lugares e tentava implantar suas idéias sem consultar os habitantes locais.

Esses, por sua vez, parecem ignorar tudo isso e seguem sua vida, como se o mundo lhes fosse indiferente, especialmente os moradores das áreas rurais, que viveram muito tempo isolados e se tornaram reféns de políticas clientelistas, geradoras de atraso e pobreza.

No entanto, o município tem um grande potencial em várias áreas, que eu gostaria de começar a discutir aqui, não como mais uma idéia de alguém de fora, mas como uma tentativa de debater com os leitores desse blog, após tantos anos residindo por lá, conhecendo e observando as riquezas das suas terras e da sua gente.

Como primeira sugestão gostaria de resaltar que o município tem vocação para sediar várias atividades culturais, entre as quais cursos universitários, a exemplo de Ouro Preto, o que traria grande dinamismo para sua economia sem ameaçar o patrimônio histórico. A própria Universidade do Sudoeste da Bahia poderia abrir um Campus Avançado por lá, criando alguns cursos na área de história, arqueologia, geologia, agricultura natural e outros.

Quem não gostaria de fazer um curso em lugar tão especial? Creio que se uma comissão fosse à UESB fazer a sugestão, talvez uma comissão formada por alguns vereadores, comerciantes, pessoas influentes da cidade, com a presença de algum deputado estadual e/ou federal, poderíamos ter alguma chance de êxito.

Acho que ficar esperando uma iniciativa da Prefeitura é uma perda de tempo.

Está na hora da sociedade local se mobilizar em busca de um futuro melhor para o município e seus habitantes.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Nova página na internet da Rio de Contas FM

Os ouvintes da Rio de Contas FM agora acessam a página da emissora através do novo endereço na internet:

www.riodecontasfm.com.br

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Várias rochas ameaçam rolar sobre a "Estrada Ecológica"

Do Mandacaru da Serra

No Brasil, providências só costumam ser tomadas após a ocorrência de tragédias, quando já não adianta mais, pois é mínima a probabilidade de certas tragédias se repetirem. Na rodovia BA 148, trecho entre Livramento de Nossa Senhora e Rio de Contas, na Bahia, várias rochas ameaçam desmoronar sobre a pista. Isso pode ocorrer daqui a 200 anos, mas também pode ser a qualquer momento. Tragédias e acidentes são imprevisíveis, embora a grande maioria sejam desenhadas e anunciadas com antecedência, como parece ser o caso. O risco aumentou depois que a rodovia passou a ser usada para transporte de cargas pesadas, como o minério da região de Jussiape, que eleva a trepidação e provoca abalos contínuos. E se o acidente acontecer, justo quando estiver passando um automóvel? Há alguns anos, O Mandacaru denunciou o perigo, mas nada foi feito.


terça-feira, 19 de abril de 2011

Passaredo faz promoção a partir de R$69

Do Blog do Anderson

A Passaredo Linhas Aéreas vai realizar entre os dias 18 e 20 de abril, uma promoção de vendas de passagens para todos os destinos que a empresa opera com voos diretos. A compra vale apenas para voos de ida e volta até o dia 02 de junho com permanência mínima de 2 dias. A campanha terá tarifas que variam de R$ 69,00 até R$ 239,00. Com sede em Ribeirão Preto, a Passaredo voa atualmente com uma frota 100% nacional composta por 11 aeronaves – 10 Jatos ERJ 145 e 1 Jato ERJ 135 que atendem 19 destinos: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Goiânia, Cuiabá, Palmas, Recife, Salvador, Vitória da Conquista, Barreiras, Ribeirão Preto, Ji-Paraná, Uberlândia, São José do Rio Preto, Araguaína e Londrina. Em Vitória da Conquista as passagens podem ser compradas na Maxtour (Simule aqui a sua viagem). Maiores informações através do telefone: (77) 2101-7999

Vitória da Conquista X São Paulo = R$ 239,00
São Paulo X Vitória da Conquista = R$ 239,00
Vitória da Conquista X Salvador = R$ 109,00
Salvador X Vitória da Conquista = R$ 109,00

www.voepassaredo.com.br


“Gente de Quilombo” mostra força das comunidades quilombolas baianas

Da Secult

A exposição que já passou pelo Palácio Rio Branco é reaberta na Casa da Música, em Itapuã, no dia 25 de abril, às 18h.

O olhar dos fotógrafos Álvaro Villela, Márcio Lima e Rita Cliff sobre a vida em comunidades quilombolas distantes dos centros urbanos está na exposição Gente de Quilombo, que será aberta novamente ao público no dia 25 de abril (segunda-feira), às 18h, na Casa da Música (Itapuã). Esta é a segunda temporada de exposição, que teve início no Palácio Rio Branco integrando o Encontro com as Culturas Populares e Identitárias, que aconteceu de 23 a 29 de outubro de 2010, evento realizado pela Secretaria de Cultura do Estado -SecultBA com patrocínio do Ministério da Cultura – MINC.

A exposição reúne imagens das comunidades de Barra e Bananal (Rio de Contas), Mangal Barro Vermelho (Sítio do Mato) e Rio das Rãs (Bom Jesus da Lapa), que foram os primeiros quilombos baianos a garantir a titulação da terra. As fotografias revelam rostos, lugares, horizontes e gestos transformados em poesia visual, sem perder a força documental, sem deixar de traduzir a história de luta do povo quilombola.

Gente de Quilombo evidencia a relação dos quilombolas com o território onde seus ancestrais fincaram raízes. “O que cada um trouxe em suas câmeras foram registros estéticos e éticos de um povo. Povo num sentido comum à Idade Média: como pessoas que pertencem ao lugar”, define a curadora da exposição, a artista plástica Lanussi Pasquali. Ela acredita que a intensa migração do campo para a cidade ocorrida no Brasil a partir da década de 40 nos roubou a noção de pertencimento, mas que este sentimento sobrevive entre alguns povoados, notadamente as tribos indígenas e os quilombolas.

Único dos fotógrafos de Terra de Quilombo que tinha convivido com a comunidade retratada (Barra e Bananal) antes do projeto, Álvaro Villela acredita que os rostos, mais do que qualquer aspecto cultural, traduzem este pertencimento e o histórico de luta. “A força das suas faces me parece ser a herança mais marcante da ancestralidade dos quilombolas”, considera.

Márcio Lima e Rita Cliff fizeram os primeiros contatos com os quilombos de Mangal Barro Vermelho e Rio da Rãs, respectivamente, já com a exposição em mente, mas isso não os impediu de mergulhar no cotidiano dessas comunidades. Com formação antropológica, Rita afirma que um momento de receio diante de uma presença estranha, “estrangeira”, é normal, mas que logo os quilombolas permitem que o visitante tome parte do dia-a-dia local.

Clique aqui para ver as fotos da exposição.

Sobre os fotógrafos

Álvaro Villela passou pelas faculdades de biologia e jornalismo, mas descobriu a sua profissão na fotografia. Autor do livro “A natureza do Homem no Raso da Catarina”, publicado em 2006, ele também venceu o Prêmio Foto Arte Brasília (edição 2009) na categoria ensaio fotográfico. Trabalhos seus foram incluídos no acervo do Museu do Homem do Nordeste – Fundação Joaquim Nabuco (PE).

Márcio Lima começou a fotografar em meados da década de 80, em Recife (PE), cidade onde nasceu. Ao longo da sua carreira, Márcio expôs trabalhos na Espanha, Portugal e França, e recebeu várias premiações, entre eles o Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger (edição 2003). Atualmente tem obras no acervo do Museu de Arte Moderna da Bahia e Museu de Arte de São Paulo.

Rita Cliff tem formação em antropologia e descobriu a fotografia a partir da utilização deste recurso na documentação das suas observações científicas. Entre os destaques da sua carreira, ela aponta a cobertura do Encontro de Intelectuais Negros, publicada na Revista Palmares; e o projeto “Mapeamento de Terreiros de Candomblé de Salvador”.

Serviço

O Quê: Exposição Gente de Quilombo

Quando: 25 de abril (até 29 de maio de 2011) – abertura 25/04 – 18h.
Onde: Casa da Música (Itapuã)

Horário: terça à sabado – das 9h às 17h e domingo das 9h às 16h

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Moradores de Rio de Contas pedem "quebra-molas" para evitar tragédia

Do Mandacaru da Serra

Sem acostameto, sem alerta, sem proteção e sem "quebra-molas" a curva tira o sono dos moradores

Os moradores de uma pequena vila nos arredores da cidade de Rio de Contas, Bahia, saída para Jussiape, pela BA 148, queixam-se que, há anos, não conseguem dormir tranqüilos e temem serem, a qualquer momento, vítimas de uma tragédia. Suas casas ficam rentes à pista e o drama começou desde que a rodovia foi asfaltada, em junho de 2008. Antes, conviviam com poeira e lama, a depender da época do ano, e agora receiam que um automóvel desembestado invada suas residências.

Em junho de 2010, orientados pelo advogado Vinicius Costa, também morador da comunidade, fizeram um documento, na forma de "abaixo-assinado", encaminhado ao Derba, pedindo a colocação de redutores de velocidade no local. Porém, até o momento, foram feitas apenas medições, através da representação local do órgão.

Segundo Vinícius Costa, o motivo do pedido foi o "intenso tráfego de carretas que escoam a produção de minério de fero da cidade de Jussiape, além de motos e outros veículos, como também a existência de declive e curva acentuada, justamente no trecho próximo às residências, onde é visível o alto risco para as famílias".

CARROS PASSAM "VOANDO"

O lavrador Benedito Santos Lopes, 63, que mora no local há 13 anos, afirma que "carros e carretas carregadas de minério passam voando", acrescentando que "se um carro perder a direção, vai direto a nossas casas". De fato, não existe acostamento nem qualquer proteção e a distância entre as casas e a pista é inferior a 10 metros.

"A gente fica com medo", afirma Benedito Lopes, dizendo que "quando estavam fazendo a pista, nós pedimos aos engenheiros para colocar quebra-molas, mas eles disseram que em asfalto não podia". Ele disse que não entendeu, pois "em todo lugar tem". Em sua opinião, "eles estão esperando acontecer uma tragédia, primeiro".

Para Evanildo Aguiar dos Santos, 29 anos, morador do local há 18, "a gente sofria aqui, antes, com a poeira", mas agora "estamos com o problema da velocidade dos carros, porque a pista ficou muito próxima das residências". Lembra que, com o escoamento do minério, vindo de Jussiape, as carretas trafegam dia e de noite pelo local.

Disse que "agente nem consegue dormir direito, com medo desses caminhões" e que "estamos precisando imediatamente da construção de quebras-molas e de barras de proteção. Disse que, além da pista ficar junto às casas, tratam-se de uma descida e de uma curva. Ele estima que cerca de 60 famílias residem na zona de perigo.

Benedito Lopes e Evanildo Santos: a principal preocupação são carretas transportando minério de ferro

Os moradores fizeram um "abaxo-assinado", mas nenhuma solução foi dada pelo DERBA, por enquanto

Prefeito diz que, apesar das dificuldades, Rio de Contas está melhor que antes

Do Mural de Notícias

O prefeito Márcio Farias diz que seu governo está bem, o que o deixa indiferente às oscilações entre altos e baixos que a administração municipal tem vivido em decorrência de dificuldades herdadas das gestões passadas. “Eu tenho feito o possível, mas existem graves problemas que limitam nossas ações”, explica, ressaltando que, mesmo assim, já tem conseguindo fazer muito pelo pouco tempo em que assumiu.

Cita que já promoveu melhorias nas áreas de saúde, educação e serviços de pavimentação. “Estamos promovendo o esporte e a cultura, como foi um grande sucesso o nosso Carnaval deste ano. Por mais que tivemos dificuldades, ninguém pode negar que já houve muitos avanços. Gostaria de lembrar que Rio de Contas vivia um caos, Prefeitura estava desmoralizada. Hoje vivemos uma nova realidade, com uma administração realmente transparente, honesta e que respeita os gastos com recursos públicos”.

O prefeito relaciona, ainda, a execução dos serviços de calçamento das ruas de Marcolino Moura e outras no bairro Vermelhão, além da construção de uma quadra na localidade de João Vaz. “É claro que ainda é preciso fazer muito mais, e estamos nos esforçando para isso. Quero o melhor para meu município e farei todos os esforços neste sentido”, conclui Farias.

Yonélio Sayd
Jornalista/Radialista
DRT/MTBA 174

Localização do novo aeroporto de Conquista é apresentada à comunidade

Não só Vitória da Conquista espera por essa grande obra que promete mudar o modo de circulação das pessoas na região. A proximidade com Rio de Contas poderá aumentar o fluxo de pessoas que visitam a cidade, sobretudo de outros estados, que tem a distância como principal dificultador. Atualmente na Chapada Diamantina somente Lencóis conta com voo regular para Salvador, mas somente aos sábados. Rio de Contas precisa profissionalizar o seu turismo e sobretudo incentivar a participação do seu povo nesse processo de maneira a evitar que a renda do turismo seja obtida por pessoas que veem de outros lugares estabelecer o seu comércio. Não se trata de preconceito, mas fazer com que a renda dessa atividade seja revertida aos moradores nativos. Também se faz necessário, melhorias no transporte rodoviário. A cidade não possui terminal rodoviário, e a única empresa que presta serviços ao município, a Viação Novo Horizonte, não trata a questão com a seriedade que precisa ter. Os governos estaduais/municipais não fiscalizam e não cobram. A sociedade que faz uso do meio sofre calada e não reclama".

Da Agecom

A possibilidade de localização do novo aeroporto de Vitória da Conquista, na zona rural, próximo à BR-116 e a cerca de sete quilômetros do centro da cidade, foi apresentada pelo Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba), em oficinas preparatórias para audiência pública, que fazem parte do processo de licenciamento ambiental conduzido pelo Instituto de Meio Ambiente do Estado (IMA).

Os encontros realizados, na semana passada, no Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima e na localidade de Pé de Galinha, tiveram o principal objetivo de "escutar as comunidades para que a gente possa incorporar, ao processo de licenciamento ambiental, as preocupações e demandas da sociedade”, explicou o diretor-geral do Ima, Pedro Ricardo Moreira.

Projeto do Governo da Bahia, via Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia (Seinfra), o novo aeroporto está orçado em R$ 86 milhões. A previsão é que a pista tenha mais de dois quilômetros de extensão, possibilitando pouso e decolagem de aviões de grande porte. As obras estão previstas para começar em novembro deste ano, e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já concedeu autorização preliminar para construção no local proposto. Agora são avaliados os estudos de impactos ambientais e sociais nas áreas de influência direta e indireta do projeto, o que é feito pelo IMA, em harmonia com as comunidades locais.

Segurança aeronáutica

De acordo com o Instituto do Meio Ambiente, a aprovação da Anac - que considera o local sugerido o mais propício para implantação entre os 18 sítios estudados na região - é fundamentada em parâmetros técnicos, os quais garantem segurança aeronáutica, conforto das pessoas e melhor funcionalidade do novo aeroporto.

“Esta área já está bastante desmatada, apresenta topografia plana, sem a presença de recursos hídricos no trecho de intervenção e sem grande densidade populacional na poligonal projetada para a curva de ruídos”, pontuou o responsável pela Coordenação de Avaliação de Impactos Ambientais (Coimp), César Pinha.

“O novo aeroporto é um anseio da sociedade. Para o Derba é importante porque o município apresenta desenvolvimento constante. Já existem voos diários e há interesse de outras companhias de atenderem aqui”, afirmou a diretora de Projetos e Programas Especiais do Derba, Ana Cristina Cruz Dias.

Segundo o presidente da Associação de Moradores de Pé de Galinha, Valdemar Oliveira Machado, “a comunidade está eufórica, com a possibilidade de instalação do aeroporto na localidade, porque irá melhorar a qualidade de vida das pessoas ao gerar trabalho e infraestrutura no nosso bairro”.

A construção do aeroporto gera expectativa entre o empresariado diante da aceleração do crescimento econômico do município, onde vivem mais de 300 mil habitantes. “Além de ampliar o setor de viagens e turismo, grandes empresas virão para Vitória da Conquista por causa da localização geográfica, o que beneficiará setores de serviços como táxi, restaurante e hotelaria”, disse o proprietário de uma agência de viagens e de uma locadora de veículos, José Maria Caires.

Vitória da Conquista poderá ganhar novos voos

"O aumento na oferta de voos deve fazer com que os preços das passagens tenham redução de preços. Não só Vitória da Conquista ganhará com esses voos, mas toda a região que precisa de deslocar com rapidez e segurança. O passageiro atento e que programa sua viagem com antecedência pode comprar sua passagem por vezes, mais barata que os preços das passagens de ônibus."
Com informações do Bahia Notícias

Foto: Divulgação

Passaredo busca junto à Anac permissão para operar no sudoeste baiano

A Passaredo Linhas Aéreas, empresa com sede em Ribeirão Preto (SP) que conta com 14 aeronaves e cumpre itinerários em 22 cidades do país (três delas na Bahia), ingressou com requerimento junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que solicita um voo diário entre Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, e Guarulhos, na Grande São Paulo.

A nova linha, que também prevê escalas em Salvador e Petrolina (PE), com destino final em Recife (PE), sairia às 18h10 de São Paulo, o que possibilitaria a alguns conquistenses a possibilidade de trabalhar no maior centro financeiro do país, bem como a quem passar o dia em Conquista, embarcar para Salvador e Recife às 21h15.

O requerimento da empresa, que opera com uma frota composta por aeronaves Embraer EMB-120 e jatos Embraer ERJ-145, também solicita novos voos entre Recife e Salvador (às 05h45), Salvador e Conquista (8h45) e novo horário entre Conquista e São Paulo (9h55). De acordo com a assessoria da Passaredo Linhas Aéreas, o pleito é uma aspiração antiga da região sudoeste da Bahia, mas há de se considerar as condições do Aeroporto de Vitória da Conquista, que "deve fazer as adaptações necessárias" para receber o novo voo.

domingo, 17 de abril de 2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Projeto de lei pretende reduzir perdas no repasse do FPM. Rio de Contas seria beneficiada

Do Agravo.com.br

O deputado federal Josias Gomes, do PT da Bahia, à frente de vários prefeitos baianos, está buscando apoio para a aprovação de um projeto de lei que impeça os municípios com registro de redução populacional sofram com a queda brusca nos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Com este objetivo, o parlamentar baiano esteve nesta terça-feira, 12, com o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira, buscando apoio para que o PLPi 605/2010, sugerido pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), e apresentado pelo deputado federal Luiz Carlos Heinze, do PP do Rio Grande do Sul, passe a tramitar com a marca da urgência, na Câmara.

A sugestão do presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, foi apresentada à Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados, na tarde desta terça-feira, 5 de abril, durante audiência pública. Ziulkoski propõe que a redução obedeça a uma regra gradativa. O texto prevê a redução gradativa dos repasses da União para os municípios que perderão recursos do FPM a partir de 2011, em função da redução populacional apontada pelo Censo 2010.

De acordo com levantamentos da CNM, 176 Municípios estariam nessa situação e, para esses, a redução gradual duraria dez anos. Na visão de Josias Gomes, “essa redução gradativa impediria que a queda fosse brusca, e de tal forma, que resultaria numa quebra financeira da ampla maioria desses municípios que praticamente dependem dos repasses do FPM”.

Na Bahia são 41 municípios prejudicados: Barreiras, Bom Jesus da Serra, Caldeirão Grande, Canápolis, Condeúba, Coração de Maria, Cristópolis, Gandú, Heliópolis, Ibirapitanga, Ibirataia, Ipirá, Iramaia, Iraquara, Itagi, Itambé, Itiruçú, Jaguaripe, Jucuruçú, Lamarão, Livramento de Nossa Senhora, Maracás, Mirangaba, Mortugaba, Mucugê, Mulungu do Morro, Nova Canaã, Ourolândia, Piritiba, Ribeirão do Largo, Rio de Contas, Rio Real, Salinas da Margarida, Santa Luzia, Santa Teresinha, Sapeaçú, Sítio do Quinto, Souto Soares, Tapiramutá, Várzea Nova e Wenceslau Guimarães.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Aonde foi parar o Carnaval cultural?


Meu nome é Valdenberg Trindade (ou simplesmente, Berg) e, apesar de não ter nascido em Rio de Contas, acompanho desde a infância os Carnavais da boa terra.


Conheci os antigos bailes da Associação e do Club Riocontense; os grupos de caretas papietadas ou de fronhas (os chorrós, se não me engana a grafia), que percorriam a ruas da cidade, acompanhados pela molecada; as guerras de talco e farinha de trigo; os carros exóticos do genial Zofir Brasil; o Pequi Elétrico. Este veículo, que existiu por quatro carnavais, “arrastava a massa”, desde o DNOCS, até a Igreja de Santana e era sempre um velho caminhão, com alto-falantes e um barulhento gerador elétrico. O Pequi Elétrico era animado por um estridente cavaquinho e dúzias de caixas de guerra.


Até então, era um Carnaval tradicional e criativo, tendo como essência as bandas de marchinhas e frevos, formadas por talentosos músicos locais.


Isto até o início da década de 1980, quando os sucessivos prefeitos começaram a dar contornos eleitorais à festa, levando-a para palcos cada vez maiores, priorizando bandas de qualidade duvidosa (cópias grosseiras do Carnaval de Salvador). A transformação, aproveitada de forma predatória por comerciantes e lobistas inescrupulosos, coincidiu com o crescimento do turismo em Rio de Contas. O resultado foi um aumento quantitativo nas estatísticas do Carnaval riocontense e a oferta de atrações de péssima qualidade e sem relação com a cultura da cidade. Hoje, o maior espaço para a tradição se resume a um palco “alternativo”, quando este deveria se o palco principal.


Esclareço que não sou um saudositas melancólico e que não sou contra a evolução das festas populares. Na verdade acredito que existe espaço para todos os gêneros musicais e mesmo para as jogadas de marketing dos mandatários. Contudo, seria muito inteligente e bem mais lucrativa a criação de um grande espaço para o axé/pagode em área fora da cidade (com toda infra-estrutura necessária), reservando o centro histórico para o Carnaval tradicional (este sim, gerador de renda e conectado com a preservação cultural de Rio de Contas).


Claro que tudo isso norteado por uma política séria e honesta de ação cultural!


Fica aí a crítica, mas fica também a sugestão!


Valdenberg - Designer, cartunista, artista plástico e pesquisador cultural.


sexta-feira, 8 de abril de 2011

Repasse de verbas para Rio de Contas - Março de 2011


O cidadão que deseja conhecer os valores repassados às prefeituras municipais pode acessar o Demonstrativo de Distribuição de Arrecadação no site do Banco do Brasil (no campo nome do beneficiário insira o nome da sua cidade). O link é:

https://www13.bb.com.br/appbb/portal/gov/ep/srv/daf/index.jsp

Para o mês de março a prefeitura de Rio de Contas totalizou os seguintes valores:

TOTAL DOS REPASSES NO PERIODO

Débito Benef. = 236.992,52 D
Crédito Benef. = 1.004.377,28 C

No site é possivel verificar os repasses detalhados das seguintes receitas:

FPM - FUNDO DE PARTICIPACAO DOS MUNICIPIOS
FEP - FUNDO ESPECIAL DO PETROLEO
ICMS - DESONERACAO DAS EXPORTACOES LEI 87/96
ITR - IMPOSTO TERRITORIAL RURAL
ICS - ICMS ESTADUAL
FUS - FUNDO SAUDE
IPM - IPI EXPORTACAO - COTA MUNICIPIO
CID - CIDE-CONTRIB. INTERVENCAO DOMINIO ECONOMICO
FUNDEB - FNDO MANUT DES EDUC BASICA E VLRIZ PROF EDUCAÇÃO
SNA - SIMPLES NACIONAL
IPV - IPVA-IMPOSTO SOBRE PROP. VEICULOS AUTOMOTORES
IES - FIES-FUNDO INVEST.ECONOMICO SOCIAL DA BAHIA

Por conter inúmeros valores colocamos aqui apenas o valor global, para saber detalhadamente os valores individuais de cada repasse é só acessar o referido link.

Fonte: DAF - Distribuição de Arrecadação Federal

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Rio de Contas deve repensar seu carnaval

Redação do Jussi Up
Por Will Assunção
Os foliões que chegaram a Rio de Contas no primeiro dia de carnaval de 2011 tomaram um susto ao perceberem que algo tinha mudado. Muita coisa aparentemente estava fora de lugar. Sinal claro da descaracterização de um dos mais belos carnavais da Bahia, o Carnaval de Rio de Contas levou um duro golpe.

O turista predador está interferindo na organização de um evento majestoso. Algumas cenas do lamentável acontecido: carros com seus imensos “paredões” de som travando disputas nas principais vias da cidade, casas alugadas e transformadas em alojamentos de jovens menores entorpecidos por diversos tipos de drogas, além do comportamento deplorável perante o circuito.

A criatividade da comissão organizadora parece ter ficado limitada. À noite a grande atração eram segmentos que em nada tinham a ver com o evento sediado na eleita Cidade Cultural da Bahia.

Rio de Contas como quase toda cidade turística brasileira, segue alguns dilemas, segundo o qual deve optar pelo que a massa elege como preferencial e fazem parte desse segmento o turista predatório que nada tem haver com esse destino, ou pelo que o ecoturismo deve oferecer, atraindo seu verdadeiro público.

A sensível áurea cultural de Rio de Contas foi atingida, como demonstrado nesse carnaval de 2011 e vem produzindo mudanças no cenário do turismo. O comportamento do fluxo de turistas que a cidade deseja atrair pode retrair a partir deste ano. Paralelamente, a evidência dos problemas ecológicos agrega novos problemas a todas as atividades econômicas da cidade. Pode se dizer que o poder público fez pequenas concessões diante desse cenário, podendo acarretar transformações irreversíveis a essa atividade econômica grandiosa.

Imediatamente após o fim do tão esperando evento de quatro dias de muita música, alegria, observações e estranhezas ganha a boca de todos os que estavam presente, além dos espectadores que acompanharam de longe através das mídias (TV, rádio, revistas eletrônicas, blogs e sites). O sinal de ruína do Carnaval de Rio de Contas, cujas consequências ainda não são totalmente conhecidas, é um momento que nos impõe questionamentos. Enquanto isso, este capítulo não pode se perder no esquecimento permitindo assim, que esta maravilhosa passagem saia de cena.

Will Assunção é turismólogo e assessor de comunicação da Nuclear

Prestação de Contas da prefeitura já está disponível pra consulta

Conforme determina a lei, a Prefeitura de Rio de Contas já disponibilizou a documentação da prestação de contas da prefeitura. Confiram o edital.


O PREFEITO MUNICIPAL DE RIO DE CONTAS, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições, conforme determina o art. 54 da Lei Complementar nº 06/91, torna público que encontra- se em disposição, a partir da presente data, na Secretaria da CÂMARA MUNICIPAL DE RIO DE CONTAS os documentos referentes a Prestação de Contas Anual do Exercício 2010. Ademais, a documentação de receita e despesa, estará disponível na Sede da Prefeitura Municipal/Secretaria de Finanças. Os interessados poderão ter acesso aos referidos documentos na sala da Sede da Prefeitura, das 09:00 as 13:00h. A documentação ficará em disponibilidade pública no prazo de 60 (sessenta dias). Maiores informações (77) 3475-2614. MARCIO DE OLIVEIRA FARIAS – Prefeito.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A espera de um milagre

Por Raimundo Marinho, jornalista

Foto: site http://www.dnocs.gov.br/barragens/brumado/brumado.htm

A mídia eletrônica regional divulgou a ida a Brasília, dia 15 deste, de um parlamentar e dos prefeitos dos municípios de Livramento de Nossa Senhora, Rio de Contas e Dom Basílio, Bahia, levando reivindicações ao Ministério da Integração Nacional. Uma das reivindicações, segundo o site L12.com.br, estaria relacionada ao suprimento de água pela barragem Luiz Vieira, no Rio Brumado, para irrigação em Livramento de Nossa Senhora.

A visita teria sido inspirada na movimentação dos fruticultores de Livramento e Dom Basílio ante o preocupante nível de água a que chegou a barragem, devido à longa estiagem que vinha castigando a região. Antes das recentes chuvas, o manancial estava com apenas 28,6 milhões de metros cúbicos de água, cuja capacidade total é de 105 milhões de metros cúbicos.

As preocupações, porém, sempre emergem quando a escassez de chuvas se alonga. É só chover, os ânimos se esfriam e o assunto é esquecido, para ser retomado na estiagem seguinte. Na verdade, a questão é milenar e, portanto, o ciclo climático e de chuvas não mudou desde a construção da barragem, na década de 1980. O que mudou, então?

A questão é que o açude foi dimensionado dentro da estrutura topográfica e hidrológica locais para armazenar água suficiente apenas para irrigar os 5.000 hectares do projeto do DNOCS. Ao ser controlada a vazão da água, porém, a população de Dom Basílio teve sua agricultura bastante prejudicada, à época baseada nas culturas de alho e cebola.

Atendendo reivindicação do prefeito José Maria Caires, daquele município, o ministro Vicente Fialho, do então Ministério do Interior, garantiu-lhe suprimento de água para 1.000 hectares, em caráter precário, até a construção, para solução definitiva, da Barragem do Rio do Paulo. A promessa foi cumprida e, em tese, os problemas estariam resolvidos.

Mas a ganância dos produtores, ante o sucesso do Projeto de Irrigação, usurpado dos antigos colonos, e da fruticultura, fez surgir uma área plantada, paralela ao projeto oficial, de mais de 10.000 mil hectares, ao longo do Rio Brumado, passando a 15.000 hectares, bem superior à capacidade de suprimento oferecida pela barragem.

Por óbvio, só um milagre de Deus, portanto, mudando o ciclo climático e de chuvas, poderia ser a solução natural da questão. Mesmo assim, surgiram propostas paliativas, discutidas pela Comissão Gestora da Água do Açude, que reúne produtores, representantes comunitários, do DNOCS e dos poderes públicos.

A proposta inclui o racionamento do uso da água - que vem sendo desperdiçada em antigos canais, pelo rio, por bombas poderosas e nos próprios lotes oficiais – e a construção de alternativas de armazenamento, aproveitando os períodos de chuvas, em que a água escorre rio abaixo sem ser retida. Todavia, suas excelências não levaram qualquer projeto pronto, nesse sentido, como seria o indicado, para a audiência com o ministro da Integração Nacional.

É pouco provável, assim, que a questão evolua para soluções práticas. Mesmo porque, quem encabeçou a visita ao Planalto Central foi o agora deputado federal Lúcio Vieira Lima, irmão do ex-ministro da mesma pasta, Geddel Vieira Lima, que, apesar de ter privilegiado a Bahia com recursos do Ministério, nunca deu atenção a essa questão.

Aliás, quando o entrevistamos, durante visita à nossa cidade, fizemos pergunta relacionada ao tema e ele respondeu, com certa rispidez, que não era ministro apenas de Livramento. O assunto é histórico, nasceu logo após a construção do açude, há quase 30 anos. Portanto, o passeio brasiliense do nobre parlamentar e dos excelentíssimos prefeitos foi mero bailado para o eleitorado em ano pré-eleitoral.