segunda-feira, 18 de abril de 2011

Localização do novo aeroporto de Conquista é apresentada à comunidade

Não só Vitória da Conquista espera por essa grande obra que promete mudar o modo de circulação das pessoas na região. A proximidade com Rio de Contas poderá aumentar o fluxo de pessoas que visitam a cidade, sobretudo de outros estados, que tem a distância como principal dificultador. Atualmente na Chapada Diamantina somente Lencóis conta com voo regular para Salvador, mas somente aos sábados. Rio de Contas precisa profissionalizar o seu turismo e sobretudo incentivar a participação do seu povo nesse processo de maneira a evitar que a renda do turismo seja obtida por pessoas que veem de outros lugares estabelecer o seu comércio. Não se trata de preconceito, mas fazer com que a renda dessa atividade seja revertida aos moradores nativos. Também se faz necessário, melhorias no transporte rodoviário. A cidade não possui terminal rodoviário, e a única empresa que presta serviços ao município, a Viação Novo Horizonte, não trata a questão com a seriedade que precisa ter. Os governos estaduais/municipais não fiscalizam e não cobram. A sociedade que faz uso do meio sofre calada e não reclama".

Da Agecom

A possibilidade de localização do novo aeroporto de Vitória da Conquista, na zona rural, próximo à BR-116 e a cerca de sete quilômetros do centro da cidade, foi apresentada pelo Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba), em oficinas preparatórias para audiência pública, que fazem parte do processo de licenciamento ambiental conduzido pelo Instituto de Meio Ambiente do Estado (IMA).

Os encontros realizados, na semana passada, no Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima e na localidade de Pé de Galinha, tiveram o principal objetivo de "escutar as comunidades para que a gente possa incorporar, ao processo de licenciamento ambiental, as preocupações e demandas da sociedade”, explicou o diretor-geral do Ima, Pedro Ricardo Moreira.

Projeto do Governo da Bahia, via Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia (Seinfra), o novo aeroporto está orçado em R$ 86 milhões. A previsão é que a pista tenha mais de dois quilômetros de extensão, possibilitando pouso e decolagem de aviões de grande porte. As obras estão previstas para começar em novembro deste ano, e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já concedeu autorização preliminar para construção no local proposto. Agora são avaliados os estudos de impactos ambientais e sociais nas áreas de influência direta e indireta do projeto, o que é feito pelo IMA, em harmonia com as comunidades locais.

Segurança aeronáutica

De acordo com o Instituto do Meio Ambiente, a aprovação da Anac - que considera o local sugerido o mais propício para implantação entre os 18 sítios estudados na região - é fundamentada em parâmetros técnicos, os quais garantem segurança aeronáutica, conforto das pessoas e melhor funcionalidade do novo aeroporto.

“Esta área já está bastante desmatada, apresenta topografia plana, sem a presença de recursos hídricos no trecho de intervenção e sem grande densidade populacional na poligonal projetada para a curva de ruídos”, pontuou o responsável pela Coordenação de Avaliação de Impactos Ambientais (Coimp), César Pinha.

“O novo aeroporto é um anseio da sociedade. Para o Derba é importante porque o município apresenta desenvolvimento constante. Já existem voos diários e há interesse de outras companhias de atenderem aqui”, afirmou a diretora de Projetos e Programas Especiais do Derba, Ana Cristina Cruz Dias.

Segundo o presidente da Associação de Moradores de Pé de Galinha, Valdemar Oliveira Machado, “a comunidade está eufórica, com a possibilidade de instalação do aeroporto na localidade, porque irá melhorar a qualidade de vida das pessoas ao gerar trabalho e infraestrutura no nosso bairro”.

A construção do aeroporto gera expectativa entre o empresariado diante da aceleração do crescimento econômico do município, onde vivem mais de 300 mil habitantes. “Além de ampliar o setor de viagens e turismo, grandes empresas virão para Vitória da Conquista por causa da localização geográfica, o que beneficiará setores de serviços como táxi, restaurante e hotelaria”, disse o proprietário de uma agência de viagens e de uma locadora de veículos, José Maria Caires.

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