Sem acostameto, sem alerta, sem proteção e sem "quebra-molas" a curva tira o sono dos moradores
Os moradores de uma pequena vila nos arredores da cidade de Rio de Contas, Bahia, saída para Jussiape, pela BA 148, queixam-se que, há anos, não conseguem dormir tranqüilos e temem serem, a qualquer momento, vítimas de uma tragédia. Suas casas ficam rentes à pista e o drama começou desde que a rodovia foi asfaltada, em junho de 2008. Antes, conviviam com poeira e lama, a depender da época do ano, e agora receiam que um automóvel desembestado invada suas residências.
Em junho de 2010, orientados pelo advogado Vinicius Costa, também morador da comunidade, fizeram um documento, na forma de "abaixo-assinado", encaminhado ao Derba, pedindo a colocação de redutores de velocidade no local. Porém, até o momento, foram feitas apenas medições, através da representação local do órgão.
Segundo Vinícius Costa, o motivo do pedido foi o "intenso tráfego de carretas que escoam a produção de minério de fero da cidade de Jussiape, além de motos e outros veículos, como também a existência de declive e curva acentuada, justamente no trecho próximo às residências, onde é visível o alto risco para as famílias".
CARROS PASSAM "VOANDO"
O lavrador Benedito Santos Lopes, 63, que mora no local há 13 anos, afirma que "carros e carretas carregadas de minério passam voando", acrescentando que "se um carro perder a direção, vai direto a nossas casas". De fato, não existe acostamento nem qualquer proteção e a distância entre as casas e a pista é inferior a 10 metros.
"A gente fica com medo", afirma Benedito Lopes, dizendo que "quando estavam fazendo a pista, nós pedimos aos engenheiros para colocar quebra-molas, mas eles disseram que em asfalto não podia". Ele disse que não entendeu, pois "em todo lugar tem". Em sua opinião, "eles estão esperando acontecer uma tragédia, primeiro".
Para Evanildo Aguiar dos Santos, 29 anos, morador do local há 18, "a gente sofria aqui, antes, com a poeira", mas agora "estamos com o problema da velocidade dos carros, porque a pista ficou muito próxima das residências". Lembra que, com o escoamento do minério, vindo de Jussiape, as carretas trafegam dia e de noite pelo local.
Disse que "agente nem consegue dormir direito, com medo desses caminhões" e que "estamos precisando imediatamente da construção de quebras-molas e de barras de proteção. Disse que, além da pista ficar junto às casas, tratam-se de uma descida e de uma curva. Ele estima que cerca de 60 famílias residem na zona de perigo.
Um comentário:
Se tivesse uma forçinha do prefeito já tinha sido feito esse quebra mola.
Postar um comentário