RIO DE CONTAS - “Não podemos ficar congelados no tempo. Mas também não podemos permitir que a modernidade destrua os nossos valores e tradições”. Com esta afirmação, feita durante visita hoje (24) à cidade histórica de Rio de Contas (na Chapada Diamantina, a 670 quilômetros de Salvador) o secretário de Turismo, Domingos Leonelli, definiu a filosofia que norteou o governo do estado na escolha das cidades e eventos carnavalescos apoiados com verbas pela Bahiatursa.
No caso de Rio de Contas, o recurso foi empregado em um carnaval que mescla o tradicional com o moderno. Em Mucugê, quase exclusivamente para promover os chamados “antigos carnavais” e em Palmeiras uma festa feita para atrair multidões, com foco em atrações de maior porte, muito axé e o que mais estiver na parada de sucessos. Além destas três localidades na Chapada, outras 19 cidades turísticas receberam apoio financeiro da Bahiatursa para realizar o carnaval, totalizando R$ 1,5 milhão, de acordo com a assessoria de imprensa do órgão estadual. No caso de Rio de Contas, foram investidos R$ 60 mil.
Na visita à cidade, o secretário foi recebido por uma bandinha tocando marchas e músicas antigas de carnaval, que desfilou junto com ele pelas ruas do sítio da festa. Leonelli cumprimentou visitantes e moradores e foi levado para conhecer o artesanato local, que elogiou: “É lindo e sofisticado”. A certa altura, o secretário foi apresentado a um boneco representando o presidente Lula. Prontamente pôs a cabeça de “Lula” sobre a sua, tal qual um capacete, e assim posou para os fotógrafos.
De Rio de Contas, Leonelli seguiu para Palmeiras e depois para o sul do estado, em Ilhéus e Porto Seguro, que também receberam patrocínio da Bahiatursa para a folia momesca.
DESFILE DE BONECOS
Os bonecos em tamanho natural, representando políticos ou tipos locais são uma marca do carnaval riocontense. Para alguns artesãos, são ainda uma fonte de renda. Humberto Cotrim, por exemplo, aprendeu a arte com o pai. Deixou adormecido o talento por muitos anos, quando residia na capital. Mas, ao se aposentar do emprego como funcionário público, voltou à terra natal e, aos 69 anos, aproveita o tempo e complementa a renda com a confecção de bonecos, que exporta para Salvador e Rio de Janeiro. “Desde julho do ano passado estou trabalhando com encomendas feitas para o carnaval”, contabiliza. Os bonecos maiores, onde Humberto diz serem necessários cerca de 10 metros de pano, chegam a custar R$750,00.
No final da tarde do último dia de carnaval, riocontenses e os milhares de visitantes da Bahia e outros estados que estão na cidade, tiveram a chance de ver um dos principais acontecimentos do período momesco. Foi quando ocorreu o concurso que mobiliza os criadores de bonecos. Exibindo suas criações em um desfile pelo centro histórico, eles disputam prêmios em dinheiro e principalmente o privilégio de serem reconhecidos como autores das criações mais medonhas, engraçadas ou criativas do ano.
(Glauco Wanderley - Agência A Tarde)
Fonte: Secretaria de Turismo
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