sexta-feira, 15 de março de 2013

Técnica de fazer chover é apresentada em Livramento de Nossa Senhora


Apostar na criação artificial de chuvas tem sido considerado uma alternativa para tentar aliviar os prejuízos causados pela seca que castiga o sertão nordestino há quase três anos.

Com o propósito de estudar a possibilidade de fazer uma experiência deste porte no perímetro da barragem Luis Vieira, em Rio de Contas, representantes da Loja Maçônica, Prefeitura Municipal, CDL, ADIB, e empresários, se reuniram na manhã desta terça-feira (12), na Câmara Municipal de Vereadores do município de Livramento de Nossa Senhora (BA), para assistirem a uma palestra, por videoconferência, ministrada por representantes da empresa paulista ModClima, especializada na tecnologia de indução de chuvas e que atua na gestão de abastecimento da região da capital de São Paulo.

A tecnologia de produção de chuvas localizadas, desenvolvida pelo engenheiro industrial brasileiro Takeshi Imai, foi apresentada aos presentes, não como solução imediata para o problema da barragem, porém, como nova alternativa para redução das consequências negativas da falta de chuvas em sua cabeceira.

De acordo com o que foi apresentado no projeto inicial, na prática, um avião bimotor atiraria água com cloreto de sódio (sal de cozinha) dentro das nuvens, para misturá-la à umidade, a fim estimular as nuvens em determinadas áreas da Barragem Luis Vieira. Assim, a nuvem pesa e a chuva acontece, ainda que artificialmente.

O investimento inicial foi considerado alto demais por muitos os que estavam ali presentes, haja vista que teria que ser desembolsado algo em torno de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), entre 15 a 20 horas de voos, sendo pago 50% a vista, e o restante a prazo, até o final dos trabalhos.

Como é feita a indução de chuvas localizadas

Ao semear água nas nuvens com potencial para chuva, pequenas gotas d’água juntam-se às gotículas d’água em suspensão que formam as nuvens e as satura e, com isso, acelera ou provoca a precipitação. Parece irremissível, mas os efeitos da indução de chuvas são bastante questionáveis, até porque depende de condições ambientais oportunas como a formação de nuvens características e até o relevo proporciona grande influência.

Uma comissão especial deverá ser criada para analisar os custos e benefícios do projeto, e se há realmente interesse de contratação do serviço.

A mesma ideia de criação artificial de chuvas como mais uma forma de combater a seca já faz parte de um projeto das secretarias de Agricultura e Meio Ambiente do Estado da Bahia, cuja finalidade é a mesma, tentar induzir chuvas no Sudoeste e na Chapada Diamantina. No caso do plano apresentado na Câmara de Vereadores, a indução seria restrita à Barragem Luis Vieira.

Do L12 Notícias
Por Marcos Santos

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