segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

História das marchinhas de carnaval

Marcha de Carnaval, também conhecida como "marchinha", é um gênero de música popular que foi predominante no carnaval dos brasileiros dos anos 20 aos anos 60 do século XX, altura em que começou a ser substituída pelo samba enredo em razão de que as escolas de samba não queriam pagar os altos preços cobrados pelos compositores musicais. No entanto, no Rio de Janeiro, as centenas de blocos carnavalescos que anualmente desfilam durante o carnaval continuam, a cada ano, lançando novas marchinhas e revivendo as antigas.

A primeira marcha foi a composição de 1899 de Chiquinha Gonzaga, intitulada Ó Abre Alas, feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro.

Um estilo musical importado para o Brasil, descende diretamente das marchas populares portuguesas, partilhando com elas o compasso binário das marchas militares, embora mais acelerado, melodias simples e vivas, e letras picantes, cheias de duplo sentido. Marchas portuguesas faziam grande sucesso no Brasil até 1920, destacando-se Vassourinha, em 1912, e A Baratinha, em 1917.

Inicialmente calmas e bucólicas, a partir da segunda década do séc XX passaram a ter seu andamento acelerado, devido a influência da música comercial norte-americana da era jazz-bands, tendo como exemplo as marchinhas Eu vi e Zizinha , de 1926, ambas do pianista e compositor José Francisco de Freitas, o Freitinhas.

A marchinha destinada expressamente ao carnaval brasileiro passou a ser produzida com regularidade no Rio de Janeiro, a partir de composições de 1920 como Pois não de Eduardo Souto e João da Praia, Ai amor de Freire Júnior e Ó pé de anjo de Sinhô, e atingiu o apogeu com intérpretes como Carmen Miranda, Emilinha Borba, Almirante, Mário Reis, Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Jorge Veiga e Blecaute, que interpretavam, ao longo dos meados do século XX, as composições de João de Barro, o Braguinha e Alberto Ribeiro, Noel Rosa, Ary Barroso e Lamartine Babo. O último grande compositor de marchinha foi João Roberto Kelly.

MARCHINHAS MAIS FAMOSAS

  • Allah-La Ô de Haroldo Lobo e Nássara
  • Apareceu a Margarida
  • As Pastorinhas
  • As águas vão rolar
  • Atrás do trio elétrico
  • Aurora de Mário Lago em parceria com Roberto Roberti
  • Bandeira branca
  • Bota camisinha de João Roberto Kelly
  • Cabeleira do Zezé de João Roberto Kelly e Roberto Faissal
  • Cachaça não é água de Carmen Costa e Mirabeu Pinheiro
  • Chiquita Bacana de Braguinha, e Alberto RibeiroChuva, Suor e Cerveja
  • Cidade maravilhosa
  • Está chegando a hora
  • Indio quer Apito Haroldo Lobo de e Milton de Oliveira
  • Jardineira de Benedito Lacerda e Humberto Porto (1939)
  • Jura
  • Linda loirinha
  • Linda morena de Lamartine Babo
  • Mamãe eu quero de Vicente Paiva (1937)
  • Marcha da cueca de Carlos Mendes, Livardo Alves e Sardinho
  • Máscara negra (marcha-rancho) de Zé Keti e Pereira Mattos (1967)
  • Me dá um dinheiro aí de Ivan Ferreira, Homero Ferreira e Glauco
  • Ferreira
  • Mulata iê-iê-iê João Roberto Kelly
  • Ó abre alas de Chiquinha Gonzaga (1899)
  • Ô balancê
  • O teu cabelo não nega mulata" de Lamartine Babo
  • Pirata da Perna de Pau de Braguinha
  • Pó-de-mico
  • Saca rolha
  • Sassassaricando de Luiz Antônio, Zé Mário e Oldemar Magalhães
  • Ta-hí de Joubert de Carvalho (1930)
  • Touradas de Madri de Braguinha
  • Tristeza de Haroldo Lobo e Niltinho
  • Turma do Funil de Braguinha
  • Um pierrô apaixonado
  • Yes, nós temos bananas

Fonte: Wikipedia


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