terça-feira, 2 de agosto de 2011

Rio de Contas ainda tem 20% da população abaixo da linha da pobreza

Reportagem da Folha de São Paulo, de 31 de julho, traz um diagnóstico da situção da pobreza no Brasil.

Como exemplo de contradição, a reportagem mostra a situação do município de São Desidério que parece uma ilha de prosperidade no extremo oeste da Bahia. A intensiva produção de algodão, soja e milho faz a cidade, de 28 mil habitantes, se orgulhar de ter a segunda maior produção agropecuária do país, e o 112º PIB per capita (soma de bens e serviços produzidos, dividida pelo total de habitantes) entre os 5.564 municípios brasileiros.

Essa aparente riqueza, no entanto, não se traduz em bons indicadores sociais.

Tal contradição se repete em municípios onde a riqueza é gerada por empreendimentos industriais ou lavouras de exportação que concentram renda e criam relativamente poucos empregos.

De acordo com o Censo de 2010 do IBGE, 30% da população de São Desidério, por exemplo, vive em domicílios com renda média per capita inferior a R$ 70, linha de miséria do governo federal.

Comparando o PIB per capita, o município está entre os 2% mais ricos do país. Analisando a miséria, figura entre os 20% mais pobres.

Uma análise feita pela Folha nos indicadores sociais dos 200 municípios de maior PIB per capita mostra que São Desidério não é um caso isolado. Em 30 dessas cidades, a proporção de brasileiros vivendo com menos de R$ 70 per capita fica acima da média nacional, de 9,6%.

A maioria desses municípios é de pequeno porte, mas concentra grandes empreendimentos, o que explica que o PIB per capita seja elevado.

Em São Desidério, é fácil entender por que o PIB não se traduz em bem-estar. Há grandes fazendas com lavouras mecanizadas. Os donos moram em outras cidades e chegam de avião. A riqueza fica na mão de poucos e vai para fora da cidade.

Uma análise da região

Confiram os dados de algumas cidades da região.


Veja no infográfico da Folha de São Paulo a situação de Rio de Contas:






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