sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Iphan entrega obras da Igreja de Santana em Rio de Contas e do Cemitério de Santa Isabel em Mucugê.


Nos próximos dias 24 e 25 de agosto, a Superintendência do Iphan na Bahia entrega as obras de Conservação do Cemitério de Santa Isabel, no município de Mucugê, e as obras de Conservação e estabilização da Igreja de Santana, no município de Rio de Contas, respectivamente.

Foram investidos recursos do PAC das Cidades Históricas, na ordem de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais) em Rio de Contas, e na ordem de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) em Mucugê.

Na primeira intervenção foram realizados principalmente os serviços de substituição de cobertura, revisão geral da estrutura do telhado, revisão de instalações, reforço de alvenarias e estruturas, construção de anexo com espaços de apoio, urbanização do entorno imediato e adequação à legislação de acessibilidade universal, etc.

Já no Cemitério de Santa Isabel, foram executados serviços de revisão de instalação elétrica, construção de mausoléus em gavetas, limpeza geral, paisagismo, pintura e recomposição de alvenarias e adornos, etc.

A Igreja de Santana, Rio de Contas

A igreja de Santana além de integrar o Conjunto Arquitetônico protegido de Rio de Contas, foi tombada individualmente pelo IPHAN em 1958 através do processo nº 0446-T, sob a inscrição nº 325 do Livro Histórico.

Trata-se de monumento da primeira metade do século XVIII, assim descrita no processo de tombamento “recuada em relação às edificações vizinhas e precedida por um adro que se articula com sua nave por ampla escadaria. Em alvenaria de pedra, nunca chegou a ser concluída, tendo suas obras paralisadas, em torno de 1850, devido ao êxodo da população local para outra região mineira. Sua composição adota raro partido, com três naves e capela-mor que se comunica com as sacristias que lhe são justapostas, através de arcos. No fundo da capela-mor, janelas altas conferem-lhe uma característica especial. É possível que este modelo tenha sido trazido à região pelos mineiros que aí chegaram no período do ciclo diamantífero. Naves laterais e torres não ultrapassam o nível do térreo e, ao que tudo indica, seriam as primeiras recobertas por galerias. Seu frontispício apresenta três portas de acesso em arco pleno, superpostos por janelas rasgadas de igual número, sendo encimada por frontão recortado e pináculos que coroam os cunhais. Seus muros em alvenaria de pedra não são rebocados, exceção feita ao frontão e trecho superior da fachada”.
O Cemitério de Santa Isabel, Mucugê

Integrante do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico, tombado em 1980 através do processo nº 0974-T-78, inscrito no Livro Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico sob o nº 081, assim descrito “o cemitério de Santa Isabel implanta-se na encosta rochosa da Serra do Sincorá, a noroeste da cidade de Mucugê. Sua construção foi iniciada em 1854, pela Câmara Municipal e concluída em 1886, quando uma epidemia assola a Vila. A escolha deste sítio deveu-se, provavelmente, à existência de terrenos planos fáceis de escavar e próximos da cidade. O cemitério está dividido em duas partes: uma plana, murada, situada sobre os terrenos de aluvião do vale onde estão as covas rasas e a outra, constituída por um conjunto de mausoléus implantado sobre a encosta rochosa da serra. Os mausoléus brotam da rocha nua, como a vegetação, numa integração similar às "locas" ou "tocas", habitação dos garimpeiros que na região se instalavam. O arranjo paisagístico integra os mausoléus, como forma, à rocha em decomposição, concorrendo para tal os elementos arquitetônicos empregados. A distinção é promovida pela cor dos mausoléus, constituídos em pedra e/ou tijolos, revestidos de reboco, caiados. Muitos terminam em arcos ornamentais, coroados quase sempre por pináculos; outros tantos são miniaturas de igrejas e capelas”.

Ainda na Chapada Diamantina, encontram-se em fase de contratação as obras de Conservação do Cemitério e Igreja de São Sebastião, com previsão de investimento de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais); da Praça do Mercado, com previsão de investimento de R$ 100.000,00 (cem mil reais), ambos em Andaraí, distrito de Igatú; e dos serviços de Restauração dos Bens Móveis e Integrados da Igreja do Santíssimo Sacramento, em Rio de Contas, com investimentos previstos na ordem de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), intervenções estas objeto dos Acordos de Preservação do Patrimônio Cultural – APPC do PAC das Cidades Históricas, a serem executados ainda no ano de 2011.

Com informações da Assessoria de Comunicação do IPHAN

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