Redação do Jussi Up
Por Will Assunção
O turista predador está interferindo na organização de um evento majestoso. Algumas cenas do lamentável acontecido: carros com seus imensos “paredões” de som travando disputas nas principais vias da cidade, casas alugadas e transformadas em alojamentos de jovens menores entorpecidos por diversos tipos de drogas, além do comportamento deplorável perante o circuito.
A criatividade da comissão organizadora parece ter ficado limitada. À noite a grande atração eram segmentos que em nada tinham a ver com o evento sediado na eleita Cidade Cultural da Bahia.
Rio de Contas como quase toda cidade turística brasileira, segue alguns dilemas, segundo o qual deve optar pelo que a massa elege como preferencial e fazem parte desse segmento o turista predatório que nada tem haver com esse destino, ou pelo que o ecoturismo deve oferecer, atraindo seu verdadeiro público.
A sensível áurea cultural de Rio de Contas foi atingida, como demonstrado nesse carnaval de 2011 e vem produzindo mudanças no cenário do turismo. O comportamento do fluxo de turistas que a cidade deseja atrair pode retrair a partir deste ano. Paralelamente, a evidência dos problemas ecológicos agrega novos problemas a todas as atividades econômicas da cidade. Pode se dizer que o poder público fez pequenas concessões diante desse cenário, podendo acarretar transformações irreversíveis a essa atividade econômica grandiosa.
Imediatamente após o fim do tão esperando evento de quatro dias de muita música, alegria, observações e estranhezas ganha a boca de todos os que estavam presente, além dos espectadores que acompanharam de longe através das mídias (TV, rádio, revistas eletrônicas, blogs e sites). O sinal de ruína do Carnaval de Rio de Contas, cujas consequências ainda não são totalmente conhecidas, é um momento que nos impõe questionamentos. Enquanto isso, este capítulo não pode se perder no esquecimento permitindo assim, que esta maravilhosa passagem saia de cena.
Um comentário:
Concordo plenamente com o colaborador Will Assunção! Repensar e planejar é uma das soluções. Vamos ver se em 2012 isso acontece, e assim o carnaval fará juz à cidade, seus méritos, títulos, e sobretudo seu povo!
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