Da Agecom
Artesãos de Maragojipe e técnicos da Secretaria de Turismo do Estado (Setur) participaram do seminário sobre “O artesanato como alternativa para o desenvolvimento sustentável da comunidade’, realizado, esta semana, na Casa de Cultura do município. O evento foi o primeiro passo para a capacitação profissional que será oferecida a partir de março aos 67 artesãos inscritos, com a finalidade de estimular as atividades relacionadas ao setor de turismo na Bahia.
Com sete meses de duração e uma carga de 167 horas, a capacitação inclui moradores da sede de Maragojipe e dos povoados de Coqueiros e Nagé. No curso, os artesãos vão participar de aulas para aprimorar a produção de máscaras e fantasias de Carnaval, além da fabricação de cerâmica utilitária. O primeiro módulo abordará lições de empreendedorismo e tem início previsto para o dia 14 de março. Também neste primeiro semestre, deverá ser realizada a capacitação de garçons, camareiras e empreendedores da região inclusa no roteiro do Turismo Étnico-afro.
De acordo com a superintendente de Serviços Turísticos da Setur, Cássia Magalhães, a capacitação pretende despertar nos artesãos a relação entre o artesanato local e o turismo. “As bonecas vestidas de baianas são uma marca, uma lembrança da Bahia e o que nós queremos é que as belas máscaras e fantasias, além da cerâmica aqui produzida, sejam marcas de Maragojipe. Isso contribui não só para alavancar o turismo como para a geração de renda para os habitantes da cidade”.
Iniciativa aprovada
Com 80 anos de experiência na produção de cerâmica, Ricardia da Silva ostenta o orgulho de ser uma das maiores produtoras de panelas e utensílios de barro da região. Entusiasta da capacitação, dona Cadu, como é chamada, conta que vende panelas e utensílios de cozinha para restaurantes famosos de Salvador, de Feira de Santana e de Brasília, e ainda para uma barraca na Feira de São Joaquim, em Salvador. Para dar conta de tantas encomendas, ela se reúne com outras 11 mulheres, que também vão participar das aulas oferecidas pela Setur. “Esse curso será muito bom, pois vamos ter nosso trabalho reconhecido e todo mundo poderá vender mais”, afirma a artesã, que aprendeu o ofício quando criança e hoje produz mais de 500 peças por mês.
Outro que aposta na capacitação é o escultor e mecânico aposentado Edemilson Pereira, 76 anos. Há cerca de cinco anos ele se dedica à produção de máscaras de papel como distração e alternativa para complementar a renda na temporada que antecede o Carnaval. Mas a atividade vai ganhando cada vez mais força e ele já pensa em expandir a produção. “Com o curso vou amadurecer a idéia de montar um comércio com minha filha, em Salvador. Talvez seja num shopping”. Ele atualmente produz entre 40 e 50 máscaras, comercializadas na porta de casa.
Eridito Pereira dos Santos, 52 anos, é dono de buffet e faz decoração para eventos, mas a maior paixão do maragojipano parece ser o Carnaval. Para festa, ele chega a produzir até 30 trajes que incluem fantasias de luxo e máscaras que fazem os visitantes de Maragojipe lembrarem o Carnaval de Veneza. “A produção é forte mesmo no mês que antecede o Carnaval, mas, com o curso, esperamos que a produção do artesanato como máscaras, por exemplo, seja intenso todo o ano. Todos nós apostamos que a capacitação traga reconhecimento para os artistas e estabilidade para as nossas vendas, pois os produtos de Maragojipe são muito ligados à nossa cultura e nosso turismo”, analisa o artesão com 30 anos de experiência.
Tombado como patrimônio imaterial da Bahia, o Carnaval de Maragojipe é uma das principais manifestações culturais do estado. Com um desfile dominado pela presença dos mascarados e de personagens tradicionais da folia como pierrôs e colombinas, a festa reúne centenas de pessoas nas ruas da cidade, localizada a 133 quilômetros de Salvador.
A notícia abaixo serve de sugestão para que Rio de Contas possa continuar a ter um Carnaval elogiado e rico culturalmente. Singularidades que só o nosso carnaval possuí. Entretanto, a força do tempo está levando a uma descaracterização do evento e capacitações como essa poderiam contribuir para que os mais jovens atuem mais ativamente na confecção de mascáras. Fica a sugestão também de transformar o nosso carnaval, assim como o de Maragojipe em 2010, em Patrimônio Imaterial. Sem dúvida teriamos mais visibilidade e a captção de recursos se tornaria mais fácil.
Artesãos de Maragojipe e técnicos da Secretaria de Turismo do Estado (Setur) participaram do seminário sobre “O artesanato como alternativa para o desenvolvimento sustentável da comunidade’, realizado, esta semana, na Casa de Cultura do município. O evento foi o primeiro passo para a capacitação profissional que será oferecida a partir de março aos 67 artesãos inscritos, com a finalidade de estimular as atividades relacionadas ao setor de turismo na Bahia.
Com sete meses de duração e uma carga de 167 horas, a capacitação inclui moradores da sede de Maragojipe e dos povoados de Coqueiros e Nagé. No curso, os artesãos vão participar de aulas para aprimorar a produção de máscaras e fantasias de Carnaval, além da fabricação de cerâmica utilitária. O primeiro módulo abordará lições de empreendedorismo e tem início previsto para o dia 14 de março. Também neste primeiro semestre, deverá ser realizada a capacitação de garçons, camareiras e empreendedores da região inclusa no roteiro do Turismo Étnico-afro.
De acordo com a superintendente de Serviços Turísticos da Setur, Cássia Magalhães, a capacitação pretende despertar nos artesãos a relação entre o artesanato local e o turismo. “As bonecas vestidas de baianas são uma marca, uma lembrança da Bahia e o que nós queremos é que as belas máscaras e fantasias, além da cerâmica aqui produzida, sejam marcas de Maragojipe. Isso contribui não só para alavancar o turismo como para a geração de renda para os habitantes da cidade”.
Iniciativa aprovada
Com 80 anos de experiência na produção de cerâmica, Ricardia da Silva ostenta o orgulho de ser uma das maiores produtoras de panelas e utensílios de barro da região. Entusiasta da capacitação, dona Cadu, como é chamada, conta que vende panelas e utensílios de cozinha para restaurantes famosos de Salvador, de Feira de Santana e de Brasília, e ainda para uma barraca na Feira de São Joaquim, em Salvador. Para dar conta de tantas encomendas, ela se reúne com outras 11 mulheres, que também vão participar das aulas oferecidas pela Setur. “Esse curso será muito bom, pois vamos ter nosso trabalho reconhecido e todo mundo poderá vender mais”, afirma a artesã, que aprendeu o ofício quando criança e hoje produz mais de 500 peças por mês.
Outro que aposta na capacitação é o escultor e mecânico aposentado Edemilson Pereira, 76 anos. Há cerca de cinco anos ele se dedica à produção de máscaras de papel como distração e alternativa para complementar a renda na temporada que antecede o Carnaval. Mas a atividade vai ganhando cada vez mais força e ele já pensa em expandir a produção. “Com o curso vou amadurecer a idéia de montar um comércio com minha filha, em Salvador. Talvez seja num shopping”. Ele atualmente produz entre 40 e 50 máscaras, comercializadas na porta de casa.
Eridito Pereira dos Santos, 52 anos, é dono de buffet e faz decoração para eventos, mas a maior paixão do maragojipano parece ser o Carnaval. Para festa, ele chega a produzir até 30 trajes que incluem fantasias de luxo e máscaras que fazem os visitantes de Maragojipe lembrarem o Carnaval de Veneza. “A produção é forte mesmo no mês que antecede o Carnaval, mas, com o curso, esperamos que a produção do artesanato como máscaras, por exemplo, seja intenso todo o ano. Todos nós apostamos que a capacitação traga reconhecimento para os artistas e estabilidade para as nossas vendas, pois os produtos de Maragojipe são muito ligados à nossa cultura e nosso turismo”, analisa o artesão com 30 anos de experiência.
Tombado como patrimônio imaterial da Bahia, o Carnaval de Maragojipe é uma das principais manifestações culturais do estado. Com um desfile dominado pela presença dos mascarados e de personagens tradicionais da folia como pierrôs e colombinas, a festa reúne centenas de pessoas nas ruas da cidade, localizada a 133 quilômetros de Salvador.
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