César Borges quer garantir financiamento para a agricultura orgânica

Do Subúrbio News.

O senador César Borges disse hoje em Rio de Contas, a 662 quilômetros de Salvador, que pretende fortalecer a produção de alimentos orgânicos na Bahia, intermediando financiamentos junto ao Governo Federal, caso seja reeleito para o Senado. Segundo César, é necessário estimular o cooperativismo para que sejam obtidas as certificações necessárias que permitam o acesso a novos mercados nacionais e internacionais.

O senador reafirmou a necessidade de o Banco do Nordeste, o Banco do Brasil e o BNDES investirem em agroecologia e fez referência à Fazenda Vaccaro, localizada a 30 quilômetros de Rio de Contas, onde se produz morango e café orgânicos da melhor qualidade, com biocontrole de pragas e práticas adequadas de manejo que conquistaram o mercado internacional.

“Em 1999, quando fui governador, criei um programa denominado Feira Verde em 86 municípios baianos, que oferecia capacitação técnica a produtores, estimulando o cultivo e a comercialização de alimentos orgânicos. Infelizmente não deram continuidade a esse programa”, disse o senador.

Para ele, é importante valorizar essa produção, que dispensa o uso de agrotóxicos e que tem viabilidade econômica para os produtores, já que a valorização do produto orgânico é de 30% na Europa e nos Estados Unidos. “É dever do Estado instruir os agricultores sobre as vantagens e as técnicas da agricultura orgânica”, afirmou o senador.

César lembrou ainda que uma empresa suíça, a Barry Callebaut, tem comprado a produção do cacau orgânico produzido atualmente em Ilhéus e Itabuna por um preço superior ao do cacau convencional. “Eles pagam até US$ 500 além do preço cotado na bolsa de matérias-primas de Nova York”, diz o senador.

César acrescentou, no entanto, que ninguém vai ficar rico de uma hora para outra produzindo orgânico, até porque o processo de produção é mais complexo do que o convencional. “Mas temos de pensar em primeiro lugar na natureza, adotando práticas ambientalmente corretas e produzindo alimentos que serão economicamente viáveis num curto espaço de tempo”, concluiu.