Segundo o pesquisador Orlando Sampaio Passos, a Chapada Diamantina é uma das regiões mais propícias para o cultivo de citros para mesa no Brasil. Para fortalecer essa avaliação, hoje e amanhã, acontece, em Rio de Contas, na Bahia, o II Seminário Desenvolvimento da Citricultura da Chapada Diamantina. O encontro é promovido pela prefeitura municipal e Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical. Começa hoje e vai até amanhã.
Situada na parte central do estado da Bahia, a região já foi chamada de “Alpes baianos” pelas baixas temperaturas das noites de inverno, que podem chegar a 6ºC, principalmente nos meses de junho e julho. Os solos Latossolos Vermelho-amarelos e Amarelos são predominantes, sendo os de maior potencial para agricultura os Vermelho-escuros e Cambissolos.
“A predominância de pequenas propriedades nesses municípios constitui, ao lado das condições climáticas, justificativa para se desenvolver uma citricultura visando ao mercado interno e, posteriormente, externo de frutas cítricas, em especial do grupo das tangerinas”, afirma Clóvis Almeida, pesquisador da área de socioeconomia da Embrapa.
Pela qualidade do solo, a região tem despertado interesse dos pesquisadores no desenvolvimento de cultivares especiais. Os estudos são do projeto "Desenvolvimento da citricultura de mesa do Nordeste brasileiro". Atualmente a Embrapa está avaliando um grupo de laranjas doces, tangerinas e outras espécies em duas propriedades da região e os resultados têm sido muito bons”, afirma. Em 2009, foram implantados sete lotes básicos de citros (20 variedades-copa e cinco porta-enxertos) mediante seleção de citricultores realizada pela prefeitura municipal.
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