São vários tipos de máscaras, mas as que se destacam mesmo são as dos bonecos gigantes. No meio da praça, no meio do povo, no meio do frevo, tudo gira em torno dos bonecos, que nem podem girar muito, já que são pesados e desajeitados. Mesmo assim, incendeiam a imaginação popular e fazem a festa esquentar ainda durante a tarde, com ajuda da animação incansável da banda Panela de Barro, uma das que se revezam no último dia da festa, para manter o pique lá em cima.
Rio de Contas tem mais gente hoje, na despedida da folia. Tem mais homens vestidos de mulher também. Invadiram até o palco, mesmo fora da programação, para um rápido showzinho particular. A quantidade e a sofisticação das fantasias aumentaram tanto que já justificariam até um concurso próprio, do tipo “o homem mais feminino” ou “a boneca mais convincente”. Mas pode, porque ainda são olhados com ar de “sai pra lá”, por boa parte do público, principalmente os pais de crianças pequenas preocupadas com seu futuro.
Os pais zelosos foram salvos do susto do show dos travestidos no palco principal, pelo início do concurso de máscaras, que monopolizou a atenção do público no centro da folia, na Praça da Matriz, mostrando que o esforço para recuperar a força do carnaval tradicional está produzindo resultado.
Um que promete voltar sempre, não veio a passeio e sim para ganhar dinheiro. Edvaldo Ribeiro, ou Edvaldo da Pipoca. “Ontem era meia noite e meia e eu queria ir embora, mas estava vendendo e fui ficando. É a hora de aproveitar para ganhar dinheiro”, constata animado o ambulante, que como muitos outros, veio da vizinha cidade de Livramento de Nossa Senhora, a 12 quilômetros de distância.
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