Mato Grosso: exemplo de agricultura forte e sustentávelO Notícias de Rio de Contas acaba de publicar uma máteria da Agecom que fala da parceria feita entre pequenos e grandes agricultores de Mucugê e Ibicoara para a produção agrícola. E o que Rio de Contas tem a ver com isso? nada. Apenas a sensação de que nada por aqui parece acontecer.
Enquanto as cidades de Livramento e Dom Basílio estão quase em pé de guerra por conta da água escassa da barragem que aqui foi construída, e que já não comporta a demanda por água dos seus perímetros irrigados, a população de Rio de Contas briga porque mesmo?
A construção da barragem Eng. Luís Viana Filho até então só trouxe problemas para a cidade: um enorme passivo ambiental e social. Populações foram deslocadas de suas casas e não tiveram apoio suficiente para recomeçar suas vidas. O Rio Brumado perdeu sua configuração natural devido ao processo de barramento de suas águas. Não se toma mais banho, nem se lava mais roupas ou louças. As suas águas transparentes de onde era possível ver suas pedras e areia já não existem mais. O capim e a lama tomou conta. Pescar então nem pensar.
Uma questão levantada é a possível transposição das águas da barragem para o baixil do município que apresenta grande déficit de água e que poderia ao menos compensar as perdas sofridas pelo município.
Mas voltando ao tema da agricultura, a cidade peca por não ter um programa sério que traga uma produção forte e sustentáve e que fixe o homem ao campo. Não se trata de copiar o modelo que hoje se desenvolve nos municípios de Ibiocara e Mucugê, em que a produção se dá em larga escala e para exportação. Um modelo altamente concentrador de renda e que pelas características naturais do nosso município seriam inviáveis.
Rio de Contas tem culturas diferenciadas que podem e devem ser apoiadas. Café, laranja do tipo "ponkan", abacaxi (que nos povoados de Barra e Bananal são cultivados entre as rochas), morango, flores, hortaliças e cana-de-áçucar, entre outras. Falta aqui capacitação e assistência técnica.
Os produtos orgânicos e da agricultura familiar se valorizaram e ganharam larga fatia do mercado. Algo que o município pode e dever investir.
Ao falar de inércia política, faz-se necessário esclarecer que o termo "política" deve ser entendido como ato político. Falta educação política à medida em que não há organização social. Associações e cooperativas inexistem ou não tem capacidade de pleitarem mudanças. Inércia política também dos políticos que não capacitam a população para que ela possa se desenvolver e se organizar.
O último censo revelou uma queda de quase 1.000 habitantes. Os jovens estão migrando para os médios e grandes centros e não retornam por falta de perspectivas. Faltam projetos políticos (não de poder e pessoais) e políticos que abraçem os projetos. Sendo assim, a agricultura pode e deve ser uma atividade econômica que fixe o homem ao campo e que traga qualidade de vida.
Enquanto as cidades de Livramento e Dom Basílio estão quase em pé de guerra por conta da água escassa da barragem que aqui foi construída, e que já não comporta a demanda por água dos seus perímetros irrigados, a população de Rio de Contas briga porque mesmo?
A construção da barragem Eng. Luís Viana Filho até então só trouxe problemas para a cidade: um enorme passivo ambiental e social. Populações foram deslocadas de suas casas e não tiveram apoio suficiente para recomeçar suas vidas. O Rio Brumado perdeu sua configuração natural devido ao processo de barramento de suas águas. Não se toma mais banho, nem se lava mais roupas ou louças. As suas águas transparentes de onde era possível ver suas pedras e areia já não existem mais. O capim e a lama tomou conta. Pescar então nem pensar.
Uma questão levantada é a possível transposição das águas da barragem para o baixil do município que apresenta grande déficit de água e que poderia ao menos compensar as perdas sofridas pelo município.
Mas voltando ao tema da agricultura, a cidade peca por não ter um programa sério que traga uma produção forte e sustentáve e que fixe o homem ao campo. Não se trata de copiar o modelo que hoje se desenvolve nos municípios de Ibiocara e Mucugê, em que a produção se dá em larga escala e para exportação. Um modelo altamente concentrador de renda e que pelas características naturais do nosso município seriam inviáveis.
Rio de Contas tem culturas diferenciadas que podem e devem ser apoiadas. Café, laranja do tipo "ponkan", abacaxi (que nos povoados de Barra e Bananal são cultivados entre as rochas), morango, flores, hortaliças e cana-de-áçucar, entre outras. Falta aqui capacitação e assistência técnica.
Os produtos orgânicos e da agricultura familiar se valorizaram e ganharam larga fatia do mercado. Algo que o município pode e dever investir.
Ao falar de inércia política, faz-se necessário esclarecer que o termo "política" deve ser entendido como ato político. Falta educação política à medida em que não há organização social. Associações e cooperativas inexistem ou não tem capacidade de pleitarem mudanças. Inércia política também dos políticos que não capacitam a população para que ela possa se desenvolver e se organizar.
O último censo revelou uma queda de quase 1.000 habitantes. Os jovens estão migrando para os médios e grandes centros e não retornam por falta de perspectivas. Faltam projetos políticos (não de poder e pessoais) e políticos que abraçem os projetos. Sendo assim, a agricultura pode e deve ser uma atividade econômica que fixe o homem ao campo e que traga qualidade de vida.
3 comentários:
Concordo com os vários pontos levantados em sua postagem e confesso ter discutido bastante a respeito destes assuntos com pessoas mais velhas, mas nunca obtive uma resposta concreta que justificasse a atual situação. Sabemos que se hoje Rio de Contas tem um comércio fraco é porque Livramento se desenvolveu neste setor com uma enorme contribuição da renda gerada pelo uso da água da barragem de Rio de Contas.
Gostaria de frisar que o atual estado do Rio Brumado tem realmente uma contribuição da implantação da barragem, mas 90% da culpa está em dois fatores: falta de saneamento básico e falta de informação de boa parte da população (inclusive líderes políticos).
Adorei o comentário do blog sobre a situação do rio Brumado que banha a cidade de Rio de Contas. Qem o conheceu no passado, hoje o inunda com suas lágrimas ao vê-lo tão degradado. E a culpa é do governo Federal que não concluiu a obra, deixando o leito do rio em total abandono; do Estadual que não a fiscalizou; e do Municipal que não está nem aí, pois além de serem insenssíves, são forasteiros e incompetentes para solucionar o problema.
Penso que a contribuição da barragem de Rio de Contas a Livramento e Dom Basílio é muito valiosa.
Não podemos deixar reivindicar a nossa fatia. Como um município tão carente água para irrigação como o nosso pode abrir mão deste benefício.
Já pensou na produção de alimentos e na geração de emprego e renda que estamos perdendo?
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