Durante uma 1h e 9m, traçou minucioso perfil ético-moral-espiritual da sociedade humana, destacando o paradoxo entre o desenvolvimento técnico-científico e a degradação a que chegou a humanidade, com o crescimento de todas as formas de violência. No primeiro caso, citou o aperfeiçoamento da medicina, com novas técnicas de cura, aumentando a expectativa de vida; e o desenvolvimento das comunicações, de que são exemplos a televisão e os meios internéticos.
No segundo, citou a disseminação do uso das drogas, a perversão sexual, o tabagismo, o alcoolismo, o erotismo, a nudez, os assaltos, os assassinatos, a impunidade, a degeneração familiar. Disse que isso ocorre porque “a criatura humana perdeu o endereço de Deus” e pela “ausência de valores humanos”. Citou o recente caso do assassino de Oslo, na Noruega, considerado psicopata, que matou dezenas de inocentes, justamente na terra de Alfred Nobel, criador do prêmio destinado a destacar os que ajudam a humanidade.
Disse que “tudo isso acontece em uma sociedade que se diz culta, que se diz cristã”, salientando que “perdemos as tradições familiares e religiosas”. Lembrou que “a sociedade se estertora”, como demonstra os recentes fenômenos físicos (tsunamis, maremotos, terremotos, vulcões, enchentes), deixando milhares de mortos e marcas indeléveis nos sobreviventes. Para ele, isso faz parte da lei de causa e efeito, que pode ser previsto, mas não evitado, que traz dores insuperáveis para a humanidade, revelando “nossa pequenez diante da vida”.
SOFRIMENTO E PARAÍSOS FISCAIS
Ao citar as enchentes ocorridas no Rio de Janeiro, falou que o povo continua desabrigado, sofrendo, enquanto políticos corruptos se regalam nos paraísos fiscais, numa demonstração da citada degradação moral e ética e da falta de sentimento humano. Citou a AIDS como consequência da promiscuidade e da insensatez nos relacionamentos sexuais.
Mas afirmou que todo esse quadro “quer dizer que estamos em um planeta em transição, a terra de tradição moral e cultural está em transição e deixará de ser local de expiação e de provas” e que “não há uma só família que não esteja açodada por algum tipo de sofrimento, material, social, moral ou espiritual”. E que “a vida tem um sentido: ser feliz”.
No entanto, lamentou a concepção, hoje, de que, para ser feliz, a pessoa “precisa ter dinheiro para ter poder, para comprar, para ter”, concluindo que “perdemos o sentido psicológico da vida, que é amar”. E pergunta: “Nessa transição, qual deverá ser a conduta humana?”, respondendo que será o amor, pois “quem não ceder pelo amor, cederá pela dor”.
Alertou que precisamos desenvolver o Deus interno, para crescer a labareda que vai queimar nossas imperfeições. Disse haver relação entre o amor e a doença: “quem ama não adoece”, que “ter doença não é ser doente” e que “a dor não vem de Deus, ela vem dos nossos maus hábitos”. Ensina que “devemos amar, o amor estimula nosso sistema imunológico e evita doenças”.
Disse que “o mundo não vai se acabar” e ironizou: “nos meus 84 anos, já vi o mundo acabar 14 vezes”. Mas garantiu que “estamos no limiar de uma nova era”, que estão nascendo as crianças que vão conduzir o mundo novo. Assegurou que os corruptos de hoje não mais se reencarnarão, vão para regiões dolorosas, para se evoluírem, “porque Deus não quer a morte do pecador, ele quer a morte do pecado”.
E sugeriu, por fim, que a humanidade se dê as mãos, para caminhar rumo ao Reino dos Céus, para começar, na Terra, esse reino, contribuindo com nossos pensamentos, nessa transição, sendo melhores pais, melhores, parceiros, melhores empregados, com a alma alegre e o coração pacificado, pelo amor a todas as criaturas.
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