sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Comunidades quilombolas resistem ao tempo e conquistam direitos

Quase quatro séculos depois do surgimento dos primeiros quilombos, formados por negros fugidos da escravidão, cerca de três mil comunidades em todo o Brasil ainda preservam muitos dos costumes e meios de vida de seus antepassados. Na época colonial (séculos 17 e 18), havia centenas dessas comunidades espalhadas principalmente pelos estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas.

Os quilombos eram locais escondidos e fortificados no meio das matas, onde os negros viviam de acordo com sua cultura, plantando e produzindo em comunidade. Rejeitando a cruel forma de vida, eles buscavam a liberdade e uma vida com dignidade, resgatando a cultura e a forma de viver que deixaram na África e contribuindo para a formação da cultura afro-brasileira.

Atualmente há áreas quilombolas espalhadas por 24 dos 27 estados do país. Reconhecidas e certificadas pela Fundação Palmares são apenas 1.248, apesar de que outras 1,7 mil se autodefinam como comunidades remanescentes de quilombos.

Na Bahia, 272 comunidades de 237 áreas são certificadas, embora acredita-se que chegue a cerca de 500 o número delas em todo o estado, a maioria distribuída nos territórios Piemonte Norte do Itapicuru, Chapada Diamantina, Baixo Sul, Velho Chico, Recôncavo e Vitória da Conquista.

Uma conquista garantida pela Constituição de 88 e tornada realidade para os quilombolas por força do Decreto 4.887, de 20 de novembro de 2003, é a concessão pelo poder público do título de posse coletiva das terras que os remanescentes hoje ocupam e que já foram ocupadas antes por seus pais, avós e bisavós.

Em todo o estado, somente cinco áreas possuem titulação. Em Rio de Contas, foram beneficiadas as comunidades de Barra, Bananal e Riacho de Pedras, de Mangal/Barro Vermelho no município de Sítio do Mato, de Rio das Rãs em Bom Jesus da Lapa, de Parateca e Pau d’Arco no município de Malhada e de Jatobá em Muquém do São Francisco.

O processo de reconhecimento de domínio e a conseqüente expedição de título não esgotam as obrigações do poder público. O Decreto 4.887, além de definir as competências dos órgãos envolvidos na implementação dessas políticas, defende a criação de um plano de desenvolvimento sustentável para as comunidades.
Para ajudar os estados e os municípios a dar forma a esse plano, a Secretaria Especial de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial lançou em 2005 o programa Brasil Quilombola, cuja finalidade é coordenar as ações – articulações transversais, setoriais e interinstitucionais – para as comunidades remanescentes de quilombos, com ênfase na participação da sociedade civil.

O programa conta com a participação de órgãos da administração pública federal, como Incra, Ibama, DRTs, Funasa, entre outros, para descentralizar e agilizar as respostas do governo para as comunidades.

As ações do Brasil Quilombola são baseadas em quatro eixos: regularização fundiária, serviços e infra-estrutura, desenvolvimento econômico e social e controle e participação social.

Plano de desenvolvimento sustentável

O governo da Bahia deu início ao seu Plano de Desenvolvimento Sustentável das Comunidades Quilombolas em 2007, com a criação da Secretaria de Promoção da Igualdade (Sepromi), responsável pela coordenação dessas ações em âmbito estadual.

As ações integram órgãos do Estado, em parceria com o governo federal, prefeituras e associações quilombolas, visando o desenvolvimento da economia solidária, promoção da saúde, educação, valorização da cultura e construção de infra-estrutura.

“Convidamos várias secretarias para a criação do Grupo Intersetorial para Quilombos, que realiza o diagnóstico das condições de vida dessas comunidades e elabora o plano para cada uma delas”, explicou a coordenadora de Políticas para Comunidades Quilombolas, Geny Aires.

Foi realizado o mapeamento das condições de vida de 27 comunidades quilombolas da Bahia, através da elaboração de diagnósticos. Dez delas já têm prontos seus planos de desenvolvimento sustentáveis: Guaí, Guruçu, Guerém, Giral-Grande, Salaminas, Tabatinga, Enseada do Paraguaçu, Parateca, Pau d’Arco e Tomé Nunes.

Mas algumas ações já vêm sendo executadas em comunidades ainda sem plano elaborado nas áreas de saneamento (Funasa), energia (Luz para Todos), regularização fundiária (Incra), socioambiental (Sepromi/Ingá), assistência técnica e extensão rural (EBDA), inclusão digital (centros digitais de cidadania/Secti) e erradicação do trabalho Infantil (Peti).

No Vilarejo de Maracujá, a 20 quilômetros do centro de Conceição do Coité, na Bahia, cerca de 60 crianças quilombolas abandonaram o trabalho na lavoura e em casas de família. Afastadas do trabalho, elas melhoraram o rendimento escolar, o comportamento em casa e estão interessadas no aprendizado. Tudo isso dentro do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti).

Até outubro deste ano, 54 comunidades de 11 municípios foram atendidas. A meta do governo da Bahia é alcançar 7.583 famílias de 137 comunidades, beneficiando diretamente 32 mil pessoas até 2010.

Produção agrícola ainda predomina

As mais de três mil comunidades quilombolas espalhadas pelo território brasileiro mantêm-se vivas e atuantes, lutando pelo direito de propriedade de suas terras consagrado pela Constituição de 88.

A produção agrícola é um dos meios principais de sustento em mais da metade das comunidades remanescentes de quilombos, que obtém renda também com transferências de recursos públicos, como aposentadoria e programas sociais, a exemplo do Bolsa Família.

Desde maio, 149 famílias quilombolas de Campo Grande, no município de Santa Terezinha, que vivem do cultivo de feijão e milho, participam de cursos oferecidos pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA). A capacitação vai desde manejo da terra até trabalhos artesanais.

“Os cursos de pintura têm ajudado a elevar a auto-estima da população e o aumento da renda. Apesar das dificuldades, estamos conseguindo alcançar o objetivo de levar alternativas fora da agricultura para essa comunidade, além de resgatar a cultura negra”, afirmou Lucinete de Oliveira, técnica da EBDA.

Recursos do governo federal

O governo federal pretende investir, até 2011, mais de R$ 2 bilhões em ações que viabilizem o acesso à terra, melhoria da saúde, educação e infra-estrutura nas comunidades remanescentes de quilombos. Mas o repasse de verbas esbarra na burocracia.

De janeiro a julho deste ano, o Brasil Quilombola, principal programa para o segmento, gastou menos de R$ 1,3 milhão dos R$ 71,5 milhões de sua dotação inicial para 2008. Nos últimos quatro anos, o programa gastou apenas 32,27% dos R$ 150,26 milhões aprovados para a pasta.

O orçamento do Brasil Quilombola foi montado para assegurar às comunidades remanescentes de quilombos o desenvolvimento econômico sustentável e justiça social, bem como a propriedade de suas terras. Nesse contexto, as prefeituras têm a função de se responsabilizar, em última instância, pela execução da política em cada localidade.

A gerente de Projetos para Comunidades Tradicionais da Secretaria de Políticas para Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Ivonete Carvalho, disse que para ter acesso à maioria desses recursos são necessários projetos originados e executados pelo poder público municipal. “O problema é que as prefeituras não detêm conhecimentos técnicos para elaborar projetos voltados para o público quilombola”, destacou.

Para minimizar os efeitos dessa realidade, o governo estadual instituiu em 2007 o Fórum de Gestores Municipais de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia, com a adesão dos 14 municípios que possuíam em sua estrutura órgãos voltados para a igualdade racial. São eles: Alagoinhas, Entre Rios, Seabra, Jequié, Feira de Santana, Maragogipe, Cruz das Almas, São Sebastião do Passé, Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Ichu, Porto Seguro e Vitória da Conquista.

O objetivo do fórum é implementar estratégias conjuntas que viabilizem essas políticas em âmbito municipal, de forma dialogada com as diretrizes e planos estadual e nacional.

Fonte: AGECOM

Homem é preso ao atear fogo à vegetação da Chapada

Flagrado ao atear fogo numa área da Chapada Diamantina, o lavrador Edevan de Paula, 40 anos, está preso desde segunda-feira (24) na carceragem da 12ª Coordenadoria Regional de Polícia (12ªCoorpin), em Itaberaba. Tripulantes de uma aeronave da força tarefa criada pelo Governo do Estado para combater os focos de incêndio surpreenderam o lavrador quando sobrevoavam a região.

Edevan de Paula foi autuado em flagrante pelo delegado Diógenes Lopes Maia, titular de Itaberaba, e está à disposição da Justiça. Ao ser preso, o lavrador já tinha destruído 50 metros de vegetação de uma área pertencente ao município de Utinga.

Fonte: AGECOM



27/11/2008

285 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA


PARABÉNS RIO DE CONTAS!!!


MAIS DE 300 ANOS DE HISTÓRIA!!!



segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Chuvas extinguem focos de incêndio na Chapada

Os focos de incêndios que queimaram parte do Parque Nacional da Chapada Diamantina chegaram ao fim nesta sexta-feira (21), segundo informações do coronel PM Carlos Miguel de Almeida Filho, da Casa Militar do Governo do Estado. O incêndio, de acordo com o coronel, foi extinto devido às chuvas que caem na região desde a última quarta-feira (19) e à ação do grupo de trabalho composto por Bombeiros do Estado, brigadistas da Secretaria de Meio Ambiente e do Parque Nacional da Chapada Diamantina, Corpos de Bombeiros da Bahia e do Distrito Federal, Defesa Civil e Casa Militar.
Mesmo com as chuvas, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros continuarão os trabalhos preventivos, o monitoramento e catalogação das áreas afetadas, objetivando minimizar a ocorrência de incêndios florestais no Parque e regiões circunvizinhas. As cidades mais afetadas foram Mucugê, Itaeté e Ibicoara.

Fonte: AGECOM

Fim das quiemadas na Chapada

Finalmente o tão esperado período chuvosa da Chapada (novembro a março) resolveu aparece. Mais do que chuva, chegou a solução para a igorânica do ser humano que teima em fazer queimadas sem ter nem porque. Triste saber que metade do Parque Nacional da Chapada Diamantina virou cinzas. Muitos animais morreram, sem contar nas inúmeras espécies de plantas, muitas das quais endêmicas, ou seja, só existem por aqui.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Estudos vão apontar danos causados pelo fogo à biodiversidade da Chapada

A Secretaria do Meio Ambiente tem concentrado todos os esforços para controlar os incêndios que atingem a Chapada Diamantina. Posteriormente fará o balanço e estudos técnicos necessários, para saber a dimensão dos danos causados à biodiversidade regional.
A informação é do diretor de Unidades de Conservação da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Plínio Neto. Inicialmente, segundo a bióloga Danielle Vilar, da coordenação de Manejo de Unidades de Conservação da secretaria, não há como medir o impacto dos incêndios florestais na biodiversidade da Chapada.
Ela alerta, no entanto, que a freqüência das queimadas favorece a perda de diversidade e alteração na estrutura da vegetação regional. “A alta incidência de fogo impede o desenvolvimento natural da vegetação, o que limita também a sobrevivência de espécies de animais”, explica a bióloga, lembrando que os incêndios geram perdas, que vão desde a biodiversidade local até o aumento do aquecimento global.
A biodiversidade corresponde à variedade de espécies - da fauna, flora e de microorganismos - encontrada em uma determinada região. A Chapada Diamantina detém uma grande variedade de espécies da flora e da fauna e muitas delas encontradas apenas na região, chamadas de espécies endêmicas.
Hoje, a Chapada Diamantina incorpora no seu território, sete Unidades de Conservação Estaduais - Arie Nascentes do Rio de Contas, Monumento Natural Cachoeira do Ferro Doido, Parque Estadual do Morro do Chapéu, APA Marimbus/Iraquara, APA Serra do Barbado, Parque Estadual de Sete Passagens e APA Gruta dos Brejões/Vereda do Romão Gramacho e uma Unidade de Conservação Federal: Parque Nacional da Chapada Diamantina. (www.meioambiente.ba.gov.br).
Fonte: AGECOM

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Incêndios na Chapada Diamantina estão em fase de desaceleração

“Os incêndios florestais na região da Chapada Diamantina estão em fase de desaceleração”, informou o capitão Jean Vianey, do 11º Grupamento de Bombeiros de Lençóis, na manhã desta quinta-feira (13). Ele destacou que os focos de incêndio nos municípios de Lençóis, nas localidades de Barro Branco e Remanso, Rio de Contas e Paramirim já estão controlados.

Os dados sobre o controle dos incêndios foram obtidos na quarta-feira (12), durante sobrevôo da equipe do Grupamento de Bombeiros, o que resultou no monitoramento e levantamento das áreas ainda atingidas pelo fogo.

Segundo o relatório emitido pelo Comando de Operações do Interior, foram verificados focos nos municípios de Bonito (1), Morro do Chapéu (2), Gentio do Ouro (3), Seabra (2), Palmeiras (1), Itaberaba (2), Andaraí (3), Mucugê, Ibicoara e Lençóis, na região da Estiva. “As chuvas não foram suficientes para debelar todos os focos, mas resultaram em aumento da umidade do ar, o que facilita o combate”, disse Vianey.

Hoje, cerca de 30 bombeiros estão combatendo o fogo na região do Gerais do Rio Preto, dentro do Parna Chapada Diamantina, uma área com atributos naturais que atrai turistas do mundo inteiro. Quatro aeronaves tipo air tractor e três helicópteros, sendo um do Grupamento Aéreo da Polícia Militar e dois do Instituto do Meio Ambiente (IMA), estão apoiando as ações.

O trabalho de planejamento e prevenção da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) garantiu que apenas pequenas ocorrências fossem registradas no Parque Estadual de Sete Passagens, localizado no município de Miguel Calmon, que abrange uma área de 2,5 mil hectares e é gerido pelo governo da Bahia.Para o diretor de Unidades de Conservação da Sema, Plínio Neto, a ação tem apoio de 25 brigadistas voluntários e dos seguranças do parque.

Fonte: AGECOM


Pancadas de chuva amenizam fogo na Chapada Diamantina

O 11º Grupamento de Bombeiros Militares de Lençóis (BA), a 409 quilômetros a oeste de Salvador, informou que o avanço dos focos de incêndio o Parque Nacional da Chapada Diamantina - que já teve metade de seus 152 mil hectares queimados, segundo a administração do parque - está diminuindo por causa das pancadas de chuva que caem na área desde terça-feira. "Elas não são suficientes para debelar as chamas, mas aumentam a umidade do ar, facilitando nossos trabalhos", afirmou o capitão Jean Vianey.
  • Walter de Carvalho/Agência A Tarde

    Fogo consome a Chapada Diamantina em foto do último dia 23


No início da semana, a umidade relativa do ar na região atingiu níveis críticos, entre 10% e 12%, segundo o governo baiano. A estiagem durou 120 dias. Chuvas fortes, porém, só são esperadas no fim da próxima semana. De acordo com Vianey, por causa das melhores condições climáticas, os focos de incêndio atingem, hoje, 17 áreas da região - eram 31 há dois dias. Ainda não há, porém, controle sobre o fogo nem uma leitura real do tamanho do prejuízo causado pelas chamas ao meio ambiente. "Só depois de acabarmos com os focos de incêndio faremos os estudos técnicos necessários para saber a dimensão dos danos causados à biodiversidade regional", disse o diretor de Unidades de Conservação da Secretaria Estadual de Meio ambiente, Plínio Neto.

Fonte: Agência Estado/UOL

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Exposição no Mauá mostra o artesanato de Rio de Contas

Objetos em madeira e metal, crivo rústico, renda de parede, couro e artesanato de festas populares fazem parte da exposição Um Rio de Contas e Tradições, que acontece no Instituto de Artesanato Visconde de Mauá, no Pelourinho, instituição vinculada à Secretaria do Trabalho Emprego Renda e Esporte da Bahia (Setre).

A exposição, que faz parte da Sala do Artista Popular (SAP), traz a riqueza e diversidade da arte popular de Rio de Contas, cidade localizada na Chapada Diamantina.
A mostra fica em cartaz até 30 deste mês, com entrada gratuita, e o horário para visitação é de segunda a sexta-feira, das 9 às 18h, e aos sábados, das 9 às 14h. De 11 de dezembro de 2008 a 18 de janeiro de 2009 a exposição vai para o Rio e Janeiro.

Simplicidade

As bolsas, caixas e baús feitos em couro pelo artesão Nelson dos Santos, 67 anos, chama a atenção pela simplicidade e beleza. “Todo o processo para fazer uma peça como essa que está aqui na exposição leva em média três dias”, explica Nelson, que desde os 16 anos de idade trabalha como artesão. Ele aprendeu o ofício com o pai. “Infelizmente, meus filhos não seguiram o mesmo caminho”, lamenta.

O crivo rústico é um das tipologias de artesanato típica do município de Rio de Contas. Representado na exposição pelas bolsas, forros de almofadas e cobertores, o crivo rústico é uma das poucas expressões que não se encontram em situação de risco por ainda existirem muitas bordadeiras em atividade como Izaura Nascimento, 66 anos, mais conhecida como dona Nena.

Ela conta que aprendeu o ofício depois que deixou para trás a casa onde morava, devido à construção de uma barragem. “A gente tirava nosso sustento da terra. Como não tinha mais terra, as mulheres tiveram que arrumar outro jeito de ganhar dinheiro. Foi aí que aprendi a fazer o crivo”, lembra dona Nena.

Preservação

A diretora do Instituto Mauá, Emília Almeida, explica que a exposição abrange todo o trabalho que a unidade desenvolve - o fomento, a comercialização, e principalmente a preservação e a história do artesanato baiano – e que, “para manter a preservação desse rico artesanato, o Mauá realiza atualmente, em Rio de Contas, as oficinas de crivo em parede, metal e madeira, e máscaras”.

O secretário da Cultura, Márcio Meireles, afirma que a vinda da SAP para a Bahia é o indício do interesse que o Governo do Estado tem destinado à arte, cultura e preservação da história.

Responsável pelo projeto da SAP, Ricardo Gomes Lima ressaltou a importância da preservação do artesanato brasileiro “que traz, além da beleza, a história do nosso país”.

SAP

Iniciativa de sucesso no Rio de Janeiro, desde 1983, a Sala do Artista Popular chega pela segunda vez a Salvador, com a metodologia do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular do Instituto (CNFCP) do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Ministério da Cultura.

De 15 de maio a 14 de junho deste ano, Salvador recebeu, pela primeira vez, a SAP com a mostra “O traiado e o urdido: tecidos de buriti dos Gerais da Bahia”, reunindo trabalhos artesanais produzidos com a palha do buriti por mulheres do município de Cocos, no cerrado baiano.

A nova exposição da SAP é resultado do projeto Artesanato Tradicional de Rio de Contas, desenvolvido pelo CNFCP e a Associação de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro, com o apoio das Secretarias de Cultura e do Setre, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento das atividades artesanais encontradas em Rio de Contas. O projeto tem o patrocínio do Programa Monumenta, do Iphan.


Fonte: AGECOM

Fogo é ameaça para a rica biodiversidade da Chapada

As queimadas no Parque Nacional da Chapada Diamantina prejudicam uma das áreas mais ricas em biodiversidade do mundo, segundo a botânica Ana Maria Giulietti, professora da Universidade Estadual de Feira de Santana. Coordenadora de pesquisas da flora da Bahia, Giulietti é responsável pela descrição de espécies endêmicas da Chapada como a sempre-viva-de-mucugê (Syngonanthus mucugensis Giulietti). Ela ressalta que o maior prejuízo das queimadas recairá sobre as espécies que têm ocorrência restrita a esta região.

Giulietti cita o caso do Pico das Almas, onde, das 1.100 espécies existentes, 10% são exclusivas do local, não existindo em outras regiões. "Uma queimada dessas tem conseqüências inimagináveis", diz ela, ressaltando que o atraso das chuvas, que são esperadas nos meses de setembro e outubro, contribui para piorar a situação.

mudanças climáticas - Giulietti lembra que a mudança no regime das chuvas pode estar associada às mudanças climáticas. De acordo com as previsões do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), a temperatura média nas regiões semi-áridas estarão até três graus mais elevadas em 2020, o que, segundo ela, trará resultados imprevisíveis, principalmente para as partes mais úmidas. Para ela, a saída é o controle mais rígido da prática de queimadas, que ainda é usada por fazendeiros que crêem que isso ajuda na renovação das pastagens.

Fonte: Jornal A Tarde

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Um Rio de Contas e Tradições

Sala do Artista Popular expõe o artesanato tradicional de Rio de Contas, BA

Está em cartaz de 7 a 30 de novembro, na Galeria Mestre Abdias do Instituto de Artesanato Visconde de Mauá do governo da Bahia,a Sala do Artista Popular Um Rio de Contas e tradições, reunindo objetos produzidos por artesãos da cidade de Rio de Contas, localizada na Chapada Diamantina.

Objetos em madeira e metal, crivo rústico,renda de parede, couro e de festas populares revelam a diversidade do artesanato baiano e um pouco do vasto universo de tipologias artesanais riocontenses.

Depois de Salvador, a mostra será inaugurada no Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, no Rio de Janeiro, no dia 11 de dezembro, ficando em cartaz até 18 de janeiro de 2009.

A exposição é resultado do projeto Artesanato tradicional de Rio de Contas, desenvolvido pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular e a Associação de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro, com o apoio das Secretarias de Cultura e do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento das atividades artesanais encontradas em Rio de Contas. O projeto tem o patrocínio do Programa Monumenta do Iphan.

Sala do Artista Popular (SAP)
Um Rio de Contas e tradições

Abertura
7 de novembro de 2008, às 17h

Período
de 7 a 30 de novembro de 2008

Local
Instituto de Artesanato Visconde de Mauá
Largo do Porto da Barra 2, Porto da Barra, Salvador, BA

Horário
segunda a sexta-feira, das 9h às 18h; sábados, das 9h às 14h.

Realização
Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular / Iphan / Ministério da Cultura

Parceria
Instituto de Artesanato Visconde de Mauá
Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia
Secretaria de Cultura da Bahia


Apoio institucional
Associação Cultural de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro
Laboratório de Pesquisas em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento / UFRJ
Fundação Universitária José Bonifácio

Apoio
7a. Superintendência Regional do Iphan, BA Escritório Técnico do Iphan em Rio de Contas Patrocínio Unesco Banco Interamericano de Desenvolvimento Programa Monumenta / Iphan
Ministério da Cultura

Fonte: Ministério da Cultura

Fogo destrói metade do parque da Chapada Diamantina

Cerca de 70 mil hectares do Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, já foram atingidos pelo fogo na região, segundo informações do superintendente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Célio Pinto. A área queimada corresponde a metade da área da reserva. Cerca de 300 pessoas - 150 voluntários, 42 brigadistas do Ibama, além de bombeiros -, trabalham para tentar controlar os focos de incêndio. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), helicópteros da Polícia Militar (PM) e aviões contratados pelo governo baiano auxiliam no combate às chamas, segundo Célio.

Além do parque, diversos municípios também foram atingidos pelos incêndios, comuns nesta época do ano por causa do calor na região da Chapada. "Desta vez, a situação está preocupante por causa das condições climáticas", afirmou o superintendente. "Além do tempo, a Polícia Militar investiga os incêndios criminosos na região", disse.

Os focos de incêndio começaram a destruir a vegetação característica da Mata Atlântica do parque, na região do Rio de Contas, no mês passado. O incêndio chegou a ser controlado no final do mês, mas outros focos foram registrados, segundo o superintendente. Hoje, a Coordenação Estadual de Defesa Civil (Cordec) deve se reunir com representantes do governo, da secretaria do Meio Ambiente, do Ibama e dos bombeiros para fazer um balanço das operações e discutir estratégias para o combate às chamas.

Fonte: Agência Estado/Jornal A Tarde

Exposição mostra a beleza do artesanato de Rio de Contas

A exposição 'Um Rio de Contas e Tradições', que acontece no Instituto de Artesanato Visconde de Mauá, no Pelourinho, traz obejetos em madeira e metal, crivo rústico, renda de parede, couro e artesanato de festas populares como parte do acervo da mostra, que retrata a riqueza e diversidade da arte popular de Rio de Contas, cidade localizada na Chapada Diamantina.

A mostra fica em cartaz até o dia 30 deste mês, com entrada gratuita, e o horário para visitação é de segunda a sexta-feira, das 9 às 18h, e aos sábados, das 9 às 14h. De 11 de dezembro de 2008 a 18 de janeiro de 2009 a exposição vai para o Rio e Janeiro.

Fonte: Jornal A Tarde

Quiemadas continuma a assolar Rio de Contas

Já está virando rotina as queimadas nesse período do ano (outubro/novembro) em Rio de Contas. Algo de estranho e misterioso vem acontecendo, pois nunca antes havia tantos focos de incêndios como os que vem ocorrendo nos últimos anos.

O Governo do Estado já decretou situação de emergência em diversas cidades da Bahia.
Em Rio de Contas elas atingem áreas de relevante interesse ecológico, a exemplo das inúmeras nascente de rios e áreas de preservação ambiental como a APA Serra do Barbado.
O Jornal a Tarde deu grande destaque a problemática.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Arte popular de Rio de Contas no Pelô

Toda a beleza das peças produzidas pelos artesãos da cidade de Rio de Contas (região da Chapada Diamantina) está na exposição Um Rio de Contas e Tradições, que abre nesta sexta-feira, às 17 horas, no Instituto de Artesanato Visconde de Mauá Pelourinho, instituição vinculada à Secretaria do Trabalho Emprego Renda e Esporte da Bahia - SETRE. A mostra, que fica aberta até 30 de novembro, traz para o público um pouco do vasto universo de tipologias artesanais rio-contenses. O ofício, uma das principais fontes de renda locais, é tão desenvolvido por lá que deu a Rio de Contas o título de Pólo Artesanal do Sertão, uma vez que de lá saem os produtos que abastecem toda a região. A exposição faz parte da Sala do Artista Popular (SAP), iniciativa de sucesso no Rio de Janeiro desde 1983.

Fonte: Jornal A Tarde